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Estudantes pedem adiamento do Enem faltando 13 dias para as provas

por Redação
6 de janeiro de 2021
no Brasil
Tempo de leitura: 9 mins
Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Marcello Casal Jr/Agência Brasil

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Nesta segunda-feira (4), a hashtag #adiaEnem tem ganhado força nas redes sociais. A União Nacional dos Estudantes (UNE), a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), alunos e internautas pedem um novo adiamento do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) através do Twitter.

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De acordo com as entidades estudantis, em um contexto em que ainda não há vacinação contra a Covid-19, a realização da prova nas datas marcadas poderá gerar riscos à saúde e aumentar o número de mortos pela doença.

A provas impressas do Enem estão marcadas para serem aplicadas em 17 e 24 de janeiro. Já a prova digital ocorrerá em 31 de janeiro e 7 de fevereiro. Veja o cronograma.

Para a UNE, neste momento é irresponsável a realização do Enem, enquanto a Ubes lista quatro motivos para o adiamento, sendo eles: o aumento da desigualdade educacional, o país ainda não ter a vacina da Covid-19, aumento no número de casos da doença e que vários estudantes não tiveram acesso à internet pra estudar.

Realizar o Enem com o número de mortes por COVID-19 aumentando sem um plano de segurança efetivo para a realização da prova é uma irresponsabilidade. #adiaenem https://t.co/2sXVJfBaBY

— União Nacional dos Estudantes – UNE (@uneoficial) January 4, 2021

Por que ADIAR O ENEM? #AdiaEnem

– vários estudantes não tiveram acesso à internet pra estudar
– a desigualdade educacional aumentou
– estamos sem a vacina da COVID-19
– alta no número de casos da doença

O MEC nunca ouviu os estudantes e por isso estamos nessa situação.

— União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (@ubesoficial) January 4, 2021

Meu sonho de entrar em uma universidade está sendo roubado. Adiar o enem é pensar nas minorias, além de não colocar a nossa saúde e segurança e à dos nossos familiares em risco. A nossa voz precisa ser ouvida.
EU QUERO ENTRAR NA UNIVERSIDADE! #AdiaEnem pic.twitter.com/Ai2ij35qzT

— Nataly Silva ? (@falanataly) January 4, 2021

A candidata Mariana Rodovalho, afirma que concorda com a hashtag #adiaenem, pois entende que “as oportunidades que eu tive como aluna de escola particular não foram as mesmas dos alunos da rede pública, e se o adiamento do Enem pode dar a chance desses alunos terem chances mais próximas da minha, então deve ser feito”.

Com a pandemia do coronavírus, as redes de educação tiveram que optar pelo ensino remoto. A aluna de rede pública Leticia Coelho Stradiotto conta que suas aulas não tinham horário fixo, não eram obrigatórios e alguns professores não disponibilizavam aulas em formato de vídeo, portanto algumas matérias ficaram com “buracos”. Desse modo, Leticia afirma que os candidatos não tiveram o mesmo preparo, “alguns foram mais prejudicas que outros levando em consideração a falta de qualidade e acesso à educação remota”.

A candidata Mariana Altimari afirma que a preparação para o vestibular durante a pandemia não foi fácil, “foi bem complicada, apesar de assistir as aulas em casa, era muito difícil ter foco, eu sempre procurei fazer muitos exercícios e resumos pra fixar a matéria na minha cabeça, mas muitas vezes, ficava com dúvidas”, diz a adolescente. Apesar da hashtag #adiaenem ter ganhado destaque nos últimos dias, Mariana não é a favor do adiamento do exame neste momento, “já que os outros vestibulares também irão acontecer esse mês, e os alunos já se prepararam para realizar o janeiro, mas do mesmo jeito, o medo da aglomeração existe”, revela.

Nas redes sociais outros alunos e candidatos também são contra o adiamento do Enem, veja:

Gente não pede adiamento do enem não pelo amor de Deus, não aguento mais estudar pra uma prova que nunca chega ???

— Surtada (@laiisa_carvalho) January 4, 2021

eu sinceramente nem sei o que dizer desse pessoal que quer o adiamento do enem. eu entendo que estamos no meio de uma pandemia e que a maioria está com medo de contrair o vírus (eu também estou) mas gente sem psicológico pra estudar durante mais meses. eu estou a ponto de surtar

— jhey (@eujhey) January 4, 2021

Concordo que é péssimo o Enem acontecer esse mês. Aliás estou morrendo de medo da questão da quantidade de pessoas dentro de uma sala fechada no auge da pandemia. Mas tenho a mínima noção que não é possível pedir o adiamento tão perto da prova.

— João (@joaovbapt) January 4, 2021

o adiamento do enem não vai adiantar em nada e o povo não entende isso. eu entendo que tiveram alunos que saíram em desvantagem por causa da desigualdade, mas isso não vai ser resolvido com o simples adiamento da prova.

— jhey (@eujhey) January 5, 2021

Nao consigo mesmo entender quem ta pedindo o adiamento do enem kkkkkkkkk eleição pode, festinha de reveillon pode, manifestação na praça pode, futebol pode, agora enem….. ??

— dudinha (@ArcherDuda) January 5, 2021

Tags: adiaenemAlunosCandidatosEnemExameProvaTwitteruniversidade
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O governo federal publicou nesta sexta-feira (26) novos prazos para a atualização cadastral do Benefício de Prestação Continuada (BPC). Segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), ainda existe um grande número de beneficiários que não estão incluídos no Cadastro Único ou que estão com o cadastro desatualizado há mais de 48 meses. Desde 2016, para o recebimento do BPC, os beneficiários precisam estar inscritos no Cadastro Único e fazer atualização do cadastro a cada dois anos. Atualmente, são atendidos pelo programa mais de 6,02 milhões de beneficiários, entre idosos com mais de 65 anos e pessoas com deficiência de baixa renda, que recebem o pagamento de um salário mínimo. Prazos O beneficiário que não estiver no CadÚnico ou que estiver com o cadastro desatualizado há mais de 48 meses deve regularizar a situação em 45 dias se morar em um município de até 50 mil habitantes. Para aqueles que vivem em cidades maiores, com mais de 50 mil habitantes, o prazo é de 90 dias. A notificação será feita pelo banco. Se o beneficiário não fizer a atualização dentro desse prazo, o pagamento é suspenso. Após a suspensão do pagamento, os beneficiários terão 30 dias para realizar a inscrição ou atualização junto ao Cadastro Único, solicitar a reativação do BPC e o pagamento dos valores devidos desde a suspensão. Uma portaria do MDS e do Ministério da Previdência Social estabelece que os usuários do BPC que estão há mais de 48 meses sem atualizar o cadastro serão chamados a comparecer ao Centro de Referência e Assistência Social (Cras) de onde residem. Biometria Uma portaria do MDS em conjunto com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) determina que os pedidos do BPC que tiverem mudança cadastral com indícios de inconsistência devem ser submetidos a uma verificação das novas informações. Neste caso, será preciso realizar o registro biométrico, a partir de 1º de setembro de 2024. O cruzamento de informações será realizado mensalmente pelo INSS, para apurar se o critério de renda do grupo familiar está sendo cumprido e acúmulo do benefício com outra renda. Rio Grande do Sul Os beneficiários do BPC que vivem em municípios do Rio Grande do Sul com a situação de calamidade pública reconhecida pelo governo federal não passarão pelo processo de inscrição no CadÚnico ou atualização cadastral neste momento. Notificação O presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alessandro Stefanutto, explica que o objetivo das medidas é cumprir a lei que determina a realização da reavaliação a cada biênio, o que não foi feito nos últimos anos. “Não há nenhum movimento persecutório para pegar as pessoas, cortar benefício, isso não existe. O que existe é: quem tem condições de receber o benefício vai continuar recebendo, como a lei manda, e quem não tem condições, a pessoa tem que entender que não pode receber o benefício se não atende os requisitos”, disse, em entrevista ao programa A Voz do Brasil, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Ele garantiu que não existe nenhuma meta para corte de benefícios. “O que está encomendado é o que está na lei: a lei fala que deve se fazer a revisão seja no cadastro, seja de benefício. O que nós estamos começando a fazer agora é essa revisão”. Segundo ele, não existe o risco de alguém perder o benefício sem que sejam feitas as devidas averiguações. Os beneficiários em situação irregular serão notificados pela rede bancária, pela Central 135, pela plataforma Meu INSS e por SMS . “Nós vamos fazer uma enxurrada, uma tempestade de notificação, para que todo mundo saiba o que está acontecendo”.
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