A equipe do Rápido no Ar recebeu diversas denúncias de alunos da Etec Trajano Camargo, em Limeira (SP), e também de funcionários do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) questionando a qualidade da alimentação fornecida por uma empresa de Santa Bárbara D’Oeste.
Uma jovem que não quer ser identificada, contou que os estudantes encontraram até mesmo a presença de larvas na comida servida para os alunos.
Ela relatou que desde o começo deste ano, os estudantes encontraram pedras, fios de cabelo e carne com um forte odor na alimentação servida no local. Ainda de acordo com a denunciante, na última segunda-feira (9), a carne servida estava com um cheiro “estranho” e cerca de 90 alunos que se alimentaram teriam passado mal, inclusive alguns precisando procurar auxílio médico.
A aluna frisou que já foi realizada a reclamação junto a direção, porém até o momento o problema não foi resolvido.
O Rápido no Ar entrou em contato com o Centro Paula Souza, órgão do governo que administra a escola Trajano. Até o fechamento desta reportagem ainda não obtivemos retorno.
A mesma empresa com sede em Santa Bárbara d’Oeste é a responsável pela alimentação do Samu de Limeira, e os problemas são recorrentes, segundo os funcionários. Eles alegam que as marmitas em algumas situações também apresentam um forte odor. Em diversas vezes, os funcionários não consomem o alimento com medo de sofrer uma intoxicação alimentar.
Em um vídeo recibido pela reportagem, um funcionário do Samu que não se identifica, mostra uma linguiça com muito óleo, e afirma – “Essa linguiça está encharcada de óleo, é óleo pra todo lado. Isso aqui é o cara comer e passar mal, é óleo puro” – reclama o funcionário.
A reportagem do Rápido no Ar também recebeu fotos de funcionários do Samu que contam que larvas foram encontradas na marmita.
Diante da situação crítica e da grave denuncia, o Rápido no Ar procurou a prefeitura de Limeira, que através de uma nota se manifestou sobre o caso.
A Prefeitura de Limeira, por meio da Divisão de Vigilância Sanitária, acompanha a questão da empresa de alimentação desde o início e está investigando o caso.
Se as denúncias forem confirmadas, as penalidades previstas na legislação sanitária serão aplicadas.
O Rápido no Ar tentou contato com a empresa responsável pelo fornecimento da alimentação, mas não obtivemos retorno.