A dor é intensa. É normal haver inchaço e vermelhidão ou formigamento no local da picada. Se esses sintomas vierem acompanhados de náuseas ou vômito, suor excessivo, agitação, tremores, salivação, aumento dos batimentos cardíacos e da pressão arterial, vá imediatamente ao hospital. Se possível, leve o animal agressor para identificação e uso do soro escorpiônico.
Os ataques com escorpiões são mais frequentes na temporada de início das chuvas e principalmente se o local tiver passado por dedetização. Segundo a prefeitura, em Limeira apenas em 2016 foram registrados 545 casos envolvendo escorpiões. Neste ano já foram registrados quase 300 casos, deste um foi a morte de um menino de quatro anos, conforme mostramos aqui no Rápido no Ar.
Saiba o que fazer em caso de acidentes com escorpião:
Esses animais têm a capacidade de fechar seus estigmas pulmonares por longos períodos de tempo. Por isso, não morrem com o veneno pulverizado. No entanto, irritados com o inseticida, eles saem em busca de um novo abrigo e é nesse momento que ocorrem os ataques.
Dedetização pode aumentar casos de ataques por escorpiões
“Qualquer veneno mataria o escorpião, desde que atingisse diretamente o animal. Mas, no caso da pulverização, dificilmente isso ocorre”, explica o o biólogo da Diretoria de Vigilância Ambiental do DF (Dival), Israel Martins. Ouça a entrevista feita com ele sobre o assunto:
Como se prevenir?
O Ministério da Saúde não recomenda usar inseticidas. Para evitar acidentes, o ideal, segundo o documento que trata do tema, é evitar as condições que permitam que o animal seja atraído ou se abrigue perto da residência. Para isso, é preciso isolar vias de entrada, afastar fontes de alimento e permitir a presença de predadores, promovendo assim o manejo natural. Entre as dicas estão:
– não acumular lixo orgânico, entulhos e materiais de construção;
– vedar frestas e buracos em paredes, assoalhos, forros e rodapés;
– utilizar telas, vedantes ou sacos de areia em portas, janelas e ralos;
– manter limpos os locais próximos das residências, jardins, quintais, paióis e celeiros;
– combater a proliferação de insetos, principalmente baratas e cupins;
– preservar predadores naturais como seriemas, corujas, sapos, lagartixas e galinhas;
– limpar terrenos baldios pelo menos na faixa de um a dois metros junto ao muro ou cercas;
– usar calçados e luvas nas atividades rurais e de jardinagem;
– examinar calçados e roupas pessoais, de cama e banho, antes de usá-las.