Uma empresária, de 43 anos, foi detida pela Polícia Militar de Limeira (SP), na noite deste sábado (22), sob acusação de ter causado confusão num restaurante do bairro dos Pires de Baixo, onde havia um cantor, e após ser acusada de ofender a ele, à duas atendentes, uma garçonete e até mesmo o dono do restaurante, com palavras de cunhos homofóbico e racista.
Segundo o Boletim de Ocorrência registrado no Plantão Policial de Limeira, o cantor, que tem 42 anos, estava montando os equipamentos no local e a empresária estava numa mesa próxima ao palco, na companhia de um casal, quando chamou uma das funcionárias e pediu que esta perguntasse, a ele mesmo, se ele era casado.
O cantor respondeu que é casado e pediu que fosse respeitado. Neste momento, segundo as vítimas, a mulher começou a ofender o cantor e a atrapalhar sua apresentação. Por causa disso, ele ligou para o dono do restaurante, contou o que estava acontecendo e o dono partiu para seu estabelecimento.
Chegando no restaurante, segundo relato feito à Polícia Militar, o dono encontrou a empresária bastante nervosa, ofendendo seus funcionários e também o xingou. Consta, no BO, que ela xingou o cantor de “vea…” e de gay, também xingou o dono da lanchonete de “vea…” e de escroto.
De acordo com as testemunhas, a autora deu um tapa no rosto da garçonete e a chamou de “pobre, preta e garçonetezinha de m…”. A outra funcionária, que tentou conter a confusão, também foi ofenfida com estas palavras.
Como não havia meio de acabar com a confusão, o proprietário da lanchonete acionou a PM. Na delegacia, a autora foi ouvida e liberada. Um áudio foi mostrado para o delegado, no qual aparece a voz dela dizendo a palavra “vea…”, mas, somente isso, não seria prova suficiente para configurar crime homofóbico e injúria racial. Para as vítimas foi requisitado exame de corpo de delito.