Representantes da Elektro Redes S.A. (Neoenergia), concessionária de energia elétrica, compareceram nesta terça-feira (7) perante a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Municipal de Limeira, para prestar esclarecimentos sobre as recentes interrupções no fornecimento de energia que afetaram o município. Os incidentes, que ocorreram na última semana, foram atribuídos a uma situação climática atípica, conforme explanado pelos responsáveis da empresa durante a reunião.
A CPI, formada pelos vereadores Elias Barbosa (Podemos), Jorge de Freitas (PSD), Isabelly Carvalho (PT), Lu Bogo (PL) e Marco Xavier (Cidadania), com a presença do presidente da Câmara, Everton Ferreira (PSD), e outros vereadores, além de membros da Prefeitura e coordenadores do Procon, ouviu os relatos de munícipes que enfrentaram danos materiais e transtornos causados pelas falhas no fornecimento de energia.
Os moradores apresentaram queixas de equipamentos danificados e perda de alimentos refrigerados devido às quedas e oscilações de energia. Em áreas rurais, a falta de energia impactou o fornecimento de água, uma vez que poços artesianos dependem da eletricidade para funcionar.
William Mantovani, superintendente operacional da Elektro, ressaltou o compromisso da empresa em endereçar pontualmente os casos trazidos à reunião. A respeito das interrupções especificamente nos dias 31 de outubro e 3 de novembro, Mantovani explicou que, apesar do sistema de monitoramento climático da Elektro, os ventos ocorreram com uma velocidade que não foi prevista, resultando em interrupções significativas no serviço.
Fábio Gonçalves de Lima, gerente de operação de Limeira, destacou que aproximadamente 14% da população da cidade foi afetada no dia 3 de novembro. Ele comentou sobre a gravidade do evento, mencionando que árvores e estruturas caíram sobre a rede elétrica, impossibilitando uma solução rápida. Lima explicou que a empresa acionou todas as suas equipes de manutenção, seguindo um protocolo de prioridades para o restabelecimento do serviço, começando por hospitais e seguindo para captação de água e grandes blocos de clientes, antes de atender residências individuais.
Mara Isa Matos Silveira, coordenadora do Procon de Limeira, esclareceu o papel do órgão como mediador entre a Elektro e os consumidores, indicando que as ações referentes às reclamações serão centralizadas na Fundação Procon.
A CPI prosseguiu com deliberações para o encaminhamento de ofícios à Prefeitura, indagando sobre futuros investimentos e projetos da Elektro para melhorar a qualidade do serviço. Solicitações de informações adicionais sobre a infraestrutura e a logística de operação da Elektro também foram acordadas, incluindo detalhes sobre o número de equipes e transformadores disponíveis para atendimento das demandas.
A próxima sessão da CPI foi agendada para o dia 14 de novembro, com a presença do secretário de Obras, para discussões adicionais sobre o tema.