Lojistas em todo o Brasil promovem, nesta quinta-feira (2), o Dia Livre de Impostos (DLI), em que as empresas não cobram os encargos a fim de conscientizar a população sobre a carga tributária que incide sobre o comércio.
A campanha deve ser realizada por mais de 40 mil estabelecimentos em cerca de 1.400 cidades, incluindo todas as capitais. Os descontos chegam a 70% em algumas lojas e até os postos de gasolinas aderiram a ação, com gasolina a R$ 4,35 em Cuiabá.
Em Brasília, a Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) prevê que os estabelecimentos vendam o litro combustível a cerca de R$ 5, com limite de 20 litros por carro. O preço médio da gasolina comum na cidade é de R$ 7,29.
Nesta quinta-feira (2), os comerciantes irão assumir os custos de produtos como vestuário, carnes, botijão de gás, remédios, cosméticos, itens de higiene pessoal e limpeza.
Um site montado pela Câmara de Dirigentes Lojistas Jovem (CDL Jovem) se tornou espaço para que varejistas publiquem seus anúncios por lá.
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Segundo o coordenador nacional da CDL Jovem, Raphael Paganini, a mobilização é uma forma de protesto contra a alta carga de impostos sobre os produtos.
“O Dia Livre de Impostos é uma ação de protesto e de conscientização geral sobre a alta carga tributária no nosso país, que limita o consumo da população e atrapalha o ambiente de negócios. Esse dia serve para mostrar nossa insatisfação com uma carga de imposto que chega a 40% sobre o consumo médio dos produtos”, afirma.
De acordo com um levantamento do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), realizado em outubro de 2021, o Brasil tem a 14ª maior carga tributária do mundo. Dados do IBPT apontam que, em média, os brasileiros trabalharam até o dia 29 de maio deste ano apenas para pagar impostos.
A Associação Comercial de São Paulo (ACSP) aponta que em 2022, até maio, a população desembolsou mais de R$ 1 trilhão somente com os tributos.
Confira a porcentagem de impostos sobre os produtos que participam do DLI, segundo o IBPT:
• Roupas – 34,6%
• Carnes – 29%
• Gás de cozinha – 34%
• Medicamentos – 33,8%
• Cosméticos – 55,2%
• Itens de higiene e limpeza – de 31,1% a 78,9%
