No Dia da Carteira e do Carteiro, celebrado em 25 de janeiro, os mais de 46 mil trabalhadores dos Correios receberão um presente especial: seus salários com um reajuste de até 11,47%, conforme negociado no último acordo coletivo. A estatal decidiu antecipar o pagamento, que geralmente ocorre no último dia útil do mês, em reconhecimento ao trabalho dos profissionais.
Fabiano Silva dos Santos, presidente dos Correios, destacou a importância de celebrar essa data com reconhecimento tangível, incluindo benefícios e investimentos nos ambientes de trabalho dos funcionários. Ele enfatizou a retirada da estatal da lista de privatizações pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva como um marco para o resgate da empresa e seus colaboradores.
O aumento salarial é resultado do diálogo restabelecido pela atual gestão dos Correios, marcado por negociações transparentes e respeitosas, com foco nos trabalhadores. O acordo coletivo vigente, aprovado sem necessidade de mediação judicial, incorpora mais de 40 cláusulas previamente extintas e inclui 78 cláusulas no total. Benefícios como reembolso creche/babá e manutenção do pagamento em caso de afastamento pelo INSS foram recuperados.
Sob a gestão atual, os Correios reintroduziram a licença maternidade de seis meses e o auxílio especial para dependentes com deficiência. De acordo com o DIEESE, o acordo coletivo contribuiu para reduzir a desigualdade salarial, com um reajuste maior para os trabalhadores de menores salários. O reajuste inclui um aumento linear de R$ 250 para salários até R$ 7 mil e 3,53% para remunerações superiores.
Além de melhorias salariais, os Correios lançaram um programa inédito de bolsas de estudo para profissionais de nível médio, como carteiros e carteiras, com 100 bolsas oferecidas inicialmente. A iniciativa teve mais de 4 mil inscrições, evidenciando a alta demanda por esse benefício.
Os Correios também estão investindo na qualidade do ambiente de trabalho, com a inauguração de complexos operacionais e a destinação de verbas significativas para reformas e climatização de unidades. Incluída no Novo PAC do governo federal, a estatal receberá R$ 856 milhões até 2026 para construção de complexos operacionais e modernização de sistemas.
