Durante a Sessão Ordinária desta segunda-feira (4), a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) foi palco de intensos debates sobre a proposta de desestatização da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). O Projeto de Lei 1501/2023, iniciativa do governador Tarcísio de Freitas, começou a ser discutido no Plenário.
Paulo Fiorilo, deputado e líder da Bancada do PT, questionou a urgência do governador em avançar com a desestatização da Sabesp, ponderando por que não aguardar a conclusão dos estudos contratados, previstos para fevereiro de 2024. Apesar de reconhecer desafios na universalização do saneamento pelo Estado, Fiorilo expressou preocupações com o projeto, destacando a lucratividade da empresa.
Luiz Claudio Marcolino, outro deputado do PT, também se mostrou insatisfeito com a rapidez na tramitação do projeto de lei, citando promessas anteriores do governador de dialogar com prefeitos paulistas sobre o assunto até 2024. Marcolino enfatizou a importância do controle estatal sobre o sistema da Sabesp, incluindo reservatórios como Cantareira, Billings e Guarapiranga, construídos com investimento público.
Carlos Giannazi (Psol) se opôs ao projeto, questionando tanto o processo de estudo encomendado pelo governo quanto os custos envolvidos, que alcançam R$ 45 milhões.
Em outro tópico, Eduardo Suplicy (PT) aproveitou a visita de Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, para defender a implementação de uma renda básica de cidadania. Ele propôs a formação de um grupo de trabalho para discutir políticas de garantia de renda, erradicação da fome e promoção da justiça social no Brasil.
Carlos Giannazi também abordou a denúncia de um suposto atentado contra a sede da organização Preservar Itapecerica, na Grande São Paulo, solicitando uma investigação rigorosa e punição aos responsáveis.