O deputado estadual Douglas Garcia (PTB-SP) foi condenado a pagar R$ 20 mil de indenização por danos morais a uma mulher que ele listou como “antifascista”. O nome dela constava em um dossiê divulgado pelo parlamentar com informações de pessoas que, segundo ele, praticaram atos violentos e terroristas em manifestação contrária ao governo de Jair Bolsonaro realizada no dia 31 de maio na Avenida Paulista, em São Paulo. Ainda cabe recurso.
Segundo a decisão do último dia 6, “o réu catalisou e sistematizou, naquilo que ele mesmo chamou de dossiê, uma lista com 700 a 1.000 nomes de pessoas (fotograficamente identificadas) suspeitas de integrarem o tal grupo Antifas”, escreveu o juiz Guilherme Ferreira da Cruz, da 45ª Vara Cível Central de São Paulo.
Recém-filiado ao PTB, Garcia é alinhado ao governo federal. No processo, a defesa chegou a alegar que ele desconhecia o dossiê citado e que só tinha reunido nomes em uma lista repassada à Polícia Civil, sob sigilo.
Ele ainda é investigado por supostamente ter usado a estrutura de seu gabinete para montar a lista. O parlamentar não quis se manifestar.