Rosana Valle (PL-SP), deputada federal e primeira-secretária do Grupo de Amizade Brasil / Israel do Congresso Nacional, apresentou uma indicação nesta sexta-feira (13), pleiteando que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reconheça oficialmente o Hamas como organização terrorista. A proposta estende-se em buscar apoio junto ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), para que a entidade adote uma postura similar.
O Hamas, um movimento islamista de orientação sunita, está em um conflito de sete dias com Israel, que até o momento vitimou quase 3 mil pessoas, sendo a maioria palestinos. Na visão de Valle, ao longo dos anos, o grupo participou de ações que resultaram na morte de civis e militares, tanto em território palestino quanto em solo israelense, utilizando táticas que alinham-se a outras organizações terroristas reconhecidas internacionalmente.
“Os eventos recentes em Israel, que resultaram na perda de centenas de vidas e na tomada de reféns, evidenciam a escalada de violência e a ameaça que o Hamas representa para a paz e a estabilidade mundial”, argumenta a deputada. Rosana, que também preside a Executiva Estadual do PL Mulher de São Paulo, defende que o Brasil necessita posicionar-se oficial e veementemente em relação à classificação do Hamas como terrorista.
Além das indicações direcionadas ao presidente da República, o pedido da deputada também visa uma intervenção de Lula junto ao Conselho de Segurança da ONU. O objetivo é que a organização reconheça e classifique o Hamas como uma entidade terrorista.
O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, lidera uma reunião do colegiado nesta sexta-feira, em Nova York, visando discutir sobre a situação humanitária na Faixa de Gaza, ameaças à segurança global, e os desdobramentos do conflito no Oriente Médio. Lula, em defesa das crianças palestinas e israelenses, apelou ao secretário-geral da ONU, António Guterres, e à comunidade internacional na quarta-feira (11/10). No entanto, para Rosana, o Brasil precisa firmar-se mais solidamente quanto à posição do Hamas.
“A identificação do Hamas como grupo terrorista pelo Brasil e pela ONU não só reforçará a posição do nosso país como defensor da paz e da justiça internacional, como também enviará uma mensagem clara para o mundo de que atos de violência e terrorismo não serão tolerados”, acrescenta Rosana.
O conflito recente desencadeado pelo Hamas iniciou-se com um ataque notável contra Israel em 7/10. Israel, em resposta, executou bombardeios em alvos na Faixa de Gaza. Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, declarou guerra ao Hamas no dia seguinte e expressou a intenção de destruir o movimento extremista.