Os quatro criminosos que se envolveram na tentativa de roubo a vigilantes de um carro-forte que recolhia valores numa lotérica de Araras (SP), na tarde desta quarta-feira (13), conforme divulgado pelo Rápido No Ar, são da cidade e dois deles, segundo a polícia, estão envolvidos nas mortes de dois guardas civis ocorridas em 2016.
Durante a ocorrência nesta quarta-feira, um deles morreu e três foram presos (dois irão responder, também, por sequestro porque, segundo acompanhou a equipe do Rápido No Ar, no local, fizeram três pessoas reféns e outro levou tiros nas pernas e permanece internado com escolta policial).
Este que foi baleado, segundo apurou a reportagem do Rápido No Ar, chegou a se esconder dentro de uma loja de tintas que fica de frente para a lotérica, mas, em seguida tentou correr, e caiu num comércio que fica ao lado.
Os dois que sequestraram pessoas na rua, e só as libertaram quase duas horas depois mediante uma exigência que a negociação fosse gravada, e que houvesse um advogado no local, o que foi providenciado, foram levados para a DEIC (Divisão Especializada em Investigações Criminais), de Piracicaba (SP). Uma das reféns, uma mulher, estava com uma criança no colo.
O rapaz que morreu dentro do veículo usado no roubo, e que era dublê, de acordo com as autoridades, estava ao volante e, ao que foi baleado, perdeu o controle da direção invadindo a fachada de vidro da loja de tintas.
Após o ataque ao carro-forte, os vigilantes reagiram atirando contra os ladrões. Os tiros atingiram, também, o vidro do segundo pavimento de uma adega que fica na avenida, no sentido oposto ao da lotérica (Centro/Bairro).
Funcionárias da lotérica foram retiradas do prédio somente depois que os dois criminosos que mantinham as vítimas reféns se entregaram. Com eles foram apreendidas armas, inclusive de grosso calibre.
Uma das funcionárias da lotérica, quando chegou perto da Unidade de Resgate do Corpo de Bombeiros, sentou-se ao chão e não conseguia mais levantar. Do lado de fora familiares aguardavam, ansiosos, pela saída deles do estabelecimento. Depois de quase uma hora, passado o estado de choque, a mulher pôs de pé acompanhou, ainda, alguns momentos do trabalho da polícia.
A ocorrência foi acompanhada, no local, por comandantes da Polícia Militar de Araras, Limeira (SP) Piracicaba (coronel/PM Rodrigo Arena, que comanda o CPI-9) e também pelo comandante-geral da Polícia Militar no Estado de São Paulo, coronel/PM Cássio Araújo de Freitas.
Ele avaliou a ocorrência como sendo excelente e típica de ação de polícia de primeiro mundo. “A Polícia Militar foi rápida, eficaz, profissional, tivemos marginais que, infelizmente, confrontaram as forças de segurança e houve óbito, tivemos indivíduos presos, entre eles assassino de guarda municipal, então foi um sucesso operacional na nossa visão”, declarou em entrevista no local.
Entre os dois presos envolvidos com o sequestro, segundo a Polícia Civil de Piracicaba, um deles está procurado pela Justiça.