Um milagre, assim podemos definir o caso das crianças que foram vítimas de um atropelamento ocorrido no dia 23 de fevereiro, no Parque Residencial Pompeu em Limeira. Passado pouco mais de mês, o apresentador Santiago Lourenço retornou ao local daquele incrível acidente que vitimou crianças que estavam sentadas conversando na calçada. A imprudência ao volante por pouco não se tornou uma tragédia.
A matéria faz parte do quadro “Eu estava lá”, apresentada pelo portal Rápido no Ar, que estreia contando a história real das pessoas que ficaram frente a frente com o perigo.
Parte das seis crianças que aparecem no vídeo relataram o drama que vivenciaram na noite daquele domingo na rua Jéssica Fernanda Dalcol. As cenas do atropelamento foram captadas por câmeras de segurança de uma moradia local.
O trauma daquele dia ainda não foi esquecido pelas quatro crianças que ficaram feridas ou mesmo pelas outras duas que viram o veículo arrancar em alta velocidade e avançar contra a calçada levando tudo que havia pela frente. Uma lixeira foi atingida, uma árvore arrancada e uma bicicleta destruída.
As vítimas entre 7 e 12 anos foram socorridas e encaminhadas à Santa Casa por equipes do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e Unidade de Resgate do Corpo de Bombeiros.
A estudante Raissa Alves de 11 anos estava sentada na calçada naquela noite e não foi atingida, mas relembra em detalhes o susto que passou e os flashes que não saem da memória. Quando aconteceu o acidente não conseguia dormir, agora que estou conseguindo”, observa.
Ainda muito emocionada com o que aconteceu, Viviane Costa, mãe de duas crianças relata o momento desesperador ao ser avisada do acidente naquela noite. “Toda vez que passo nessa rua fico lembrando do ocorrido. Graças a Deus não foi grave, poderia ter sido pior. Deus deu esse livramento aí para eles”, ressalta.
Vitória de 11 anos que ficou ferida no pé direito ao ser atingida pelo veículo observou que poderia ter quebrado a perna. “Se eu não tivesse tirado um pouco o pé o carro teria quebrado tudo. Quero esquecer isso. Toda hora que os carros passam aqui eu sinto medo. Eu não sento mais na calçada”, disse.
A criança que mais se feriu foi Igor de 11 anos, que não se recorda muito do acidente. Aos poucos o estudante está retomando a rotina normal. Ele aparece nas imagens sendo atropelado e arremessado contra a árvore, lixeira e a bicicleta. O menino foi parar debaixo do carro e sozinho conseguiu escapar e correr em busca de socorro com vários machucados pelo corpo.
A mãe dele Tatiana Oliveira estava na mesma rua e correu para ver o que tinha acontecido com o filho. “Fiquei até com medo de olhar, chegar e ver que era ele. Meu filho ficou no hospital em observação até no outro dia. Vai ficar na memória. Foi o grande livramento que todos tiveram. Meu filho escapou da morte”.
A polícia localizou o condutor do veículo em uma casa próximo ao local do atropelamento. Ele se escondeu para não ser linchado pela população. O motorista foi apresentado no Plantão Policial. Ele foi indiciado por embriaguez ao volante e acabou recolhido no dia. Se condenado poderá ser punido com multa e trabalhos comunitários.
O caso de atropelamento traz uma reflexão para a comunidade. As crianças brincavam na rua, no Residencial Pompeu, pela falta de brinquedos e conservação de uma praça que fica há menos de 80 metros do local do acidente.
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