O ex-centroavante Carlos Alberto Seixas, de 53 anos, foi apresentado hoje à tarde no Estádio Comendador Agostinho Prada como novo coordenador de futebol do Independente.
Ele estava exercendo a mesma função no Vocem, onde trabalhou com PC Baiano, novo técnico galista. “Tenho uma amizade muito forte com o PC. Acima de tudo é uma parceria honesta. Quero fazer de tudo para que ele tenha tranquilidade dentro das quatro linhas para trabalhar”, afirmou.
Seixas disse que nesse primeiro momento seu objetivo será organizar o clube. Afirmou que não adianta só ter dinheiro, pois a Segundona é muito complicada e requer um algo a mais.
“Temos que fazer um trabalho bem feito e justo para que possamos colher bons frutos ao término da competição”, frisou.
Seixas entende que seu nome pode ajudar na formação do elenco, uma vez que tem portas abertas nos clubes. “Estou na bola há muito tempo e trabalhei em vários times. Só aqui em Limeira eu joguei e fui técnico da Internacional”, lembrou.
Defendeu o Leão em 1982 no Campeonato Brasileiro. Foram 11 jogos e nenhum gol marcado. Já como treinador da Veterana, caiu após os três jogos iniciais do Campeonato Paulista de 2008. A Inter perdeu em casa para o Oeste por 4 a 3 e fora para o Botafogo por 2 a 1 e para a Portuguesa Santista por 1 a 0.
Seixas lembrou da pressão que sofreu do saudoso Richard Drago na Internacional em 2008.
“Todos sabiam como ele era. Falei para o Richard que estava indo embora. Eu montei o time, mas ele palpitava. Tinha muito respeito, até porque ele foi meu presidente quando eu era jogador, mas ele queria escalar o time. Por isso, peguei o meu boné e fui embora. Comigo não funciona assim. Acredito que com trabalho honesto e muito humildade a gente pode chegar longe”, confidenciou.
Como jogador, Seixas foi revelado pelo Palmeiras, onde ficou de 1979 a 1983. Disputou 111 jogos pelo Verdão e marcou 29 gols.
Se transferiu para o Cruzeiro e conquistou o título mineiro em 1985. Em 1987 e 1988, atuou pelo Mogi Mirim e depois jogou no futebol mexicano por 10 anos. Defendeu o América do México, Atlante e Querétaro e encerrou a carreira em 1998.
Após pendurar as chuteiras, Carlos Alberto continuou no mundo da bola como auxiliar e técnico. Passou por Mauaense, Olímpia (foram quatro anos), Noroeste de Bauru (campeão da Copa Paulista de 2005), XV de Piracicaba (na Série B do Brasileiro), Inter de Limeira, Santacruzense, entre outros.
Apesar de reconhecer as dificuldades da chamada “Bezinha”, Seixas disse que é vantajosa em relação as demais divisões, pois tem trabalho o ano todo e não apenas em três meses. “Me convidaram para trabalhar nas Séries A-2 e A-3, mas prefeito ter um calendário o ano todo”, completou.