A confiança da indústria, medida pela Fundação Getulio Vargas (FGV), avançou 1,3 ponto em dezembro ante novembro, atingindo 99,6 pontos. Esse é o maior nível do indicador desde janeiro de 2014 (100,1 pontos), segundo a instituição. A confiança da indústria também termina o ano 14,9 pontos acima do patamar de 2016.
O Índice de Expectativas (IE) ultrapassou a marca dos 100 pontos, que caracteriza o limite entre pessimismo e otimismo dos empresários ao subir 1,4 ponto em dezembro, para 100,8 pontos. De acordo com a FGV, esse é o maior nível do índice desde junho de 2013 (105,1 pontos).
A maior contribuição para esse avanço é do indicador de expectativas com a evolução dos negócios nos seis meses seguintes, que subiu 5,4 pontos, para 103,1 pontos. A proporção de empresas que prevê melhora nos negócios subiu de 42,7% para 45,7% entre novembro e dezembro ao mesmo tempo que houve redução da parcela das que projetam piora nos negócios, de 14,8% para 9%
O Índice de Situação Atual (ISA) também teve alta, de 1,3 ponto, mas ainda ficou abaixo da marca de 100 pontos, em 98,5 pontos, que é um recorde desde fevereiro de 2014 (99,5 pontos). A melhora na percepção sobre os negócios subiu 3,4 pontos, para 95,2 pontos – o maior desde abril de 2014 (98 pontos). A parcela de empresas que considera a situação atual boa ainda caiu, de 15,8% para 14,8%, mas em menor proporção que a fatia de empresários que caracteriza o momento como ruim (25,2% para 20,2%).
A coordenadora da Sondagem da Indústria, Tabi Thuler Santos, avalia que a indústria acredita que a melhora no ambiente de negócios deve se manter em trajetória favorável nos próximos meses. “Ao passar de 100 pontos, o Índice de Expectativas retrata otimismo quanto ao futuro próximo – pela primeira vez desde setembro de 2013, há prevalência de respostas otimistas na pesquisa, o que reforça a perspectiva do setor de continuidade da recuperação da confiança em 2018”, afirma Tabi.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) também subiu no período, 0,3 ponto porcentual, para 74,5% em dezembro, o maior desde julho deste ano. Na métrica trimestral, o Nuci avançou 0,1 ponto porcentual no quarto trimestre em relação ao trimestre anterior, para 74,3%.