A Justiça de Limeira (SP) condenou dois homens que, em novembro de 2017, ofereceram para uma jovem a possibilidade de pagamento para que ela fosse aprovada em exame para obtenção de CNH. A defesa pode recorrer da decisão.
Naquele ano, a jovem acionou a Polícia Militar e informou que seu instrutor da autoescola tinha pedido dinheiro para que ela fosse aprovada no exame sem mesmo prestá-lo. Na ocasião, o instrutor, segundo a jovem, pediu R$ 850 para que ela fosse monitorada para aprovação ou R$ 1 mil para que ela nem precisasse entrar no carro. A Polícia Militar prendeu o instrutor e também identificou o ex-instrutor da mesma candidata a motorista, que, segundo ela, tinha feito a mesma proposta meses atrás.
Os dois foram apresentados na Delegacia de Investigações Gerais (DIG) que, interinamente, era conduzida pelo delegado Munir Prestes. Na época, ele determinou a prisão de um deles, por corrupção passiva, e liberou o outro porque não havia flagrante.
O Ministério Público (MP) manteve a acusação inicial e a defesa dos dois instrutores pôde se manifestar. Após analisar o caso, o juiz Rogério Danna Chaib condenou ambos a pena de dois anos por corrupção passiva. A pena de reclusão foi substituída por restritiva de direitos. A defesa pode recorrer da decisão.