A Comissão de Segurança Pública da Câmara de Limeira promoveu uma reunião nesta quinta-feira (27) para discutir ações de combate à criminalidade nos centros comunitários da cidade. Estiveram presentes o secretário de Segurança Pública e Defesa Civil, Siddhartha Leão, o comandante da Guarda Civil Municipal (GCM), Henrique Paes, e o capitão da Polícia Militar, Herlon Correa de Paula.
Segundo os vereadores, os espaços vêm sendo alvos frequentes de furtos, vandalismo, invasões e tráfico de drogas, especialmente em bairros como Parque Hipólito, Cecap, Ouro Verde e Jardim Ipanema.
Falta de guardas e ausência de concurso

Durante o encontro, Siddhartha Leão afirmou que o efetivo da GCM atualmente conta com 295 guardas, mas parte está em funções administrativas. Com a previsão de aposentadorias, a situação pode se agravar. De acordo com o secretário, não há previsão de concurso público até abril de 2026 por limitações orçamentárias.
Já o comandante Paes explicou que não é possível manter guardas fixos nos 15 centros comunitários da cidade com o atual efetivo. “Em muitos casos, as equipes são deslocadas e logo acionadas para outras ocorrências”, pontuou.
Soluções propostas: vigilantes patrimoniais e monitoramento por câmeras
Uma alternativa debatida foi a contratação de vigilantes patrimoniais para atuação preventiva. Segundo Siddhartha, uma função semelhante já foi criada em gestões anteriores, mas foi considerada inconstitucional devido à nomenclatura. “Podemos retomar a ideia, desde que dentro dos limites legais”, afirmou.
Outra proposta foi o uso de monitoramento por câmeras. O sistema atual, da marca Dahua, está passando por revisão contratual. Estuda-se a adesão a programas como o Muralha Digital e o Smart Sampa, da capital paulista.
Polícia Militar propõe integração e reforço nas operações

O capitão Herlon propôs reuniões quinzenais entre GCM e PM para fortalecer a articulação das ações preventivas e operações em áreas críticas. Ele também destacou a importância de políticas públicas voltadas ao fortalecimento dos vínculos familiares e sociais como base da segurança pública.
Os vereadores, por sua vez, sugeriram reuniões bimestrais com a Comissão de Segurança Pública e o rastreamento de legislações municipais que possam contribuir com a pauta.