Um trabalho de investigação da Polícia Civil, por meio da 1ª DIG/DEIC de Piracicaba (SP), terminou, na noite desta terça-feira (19), com a prisão de um comerciante, de 50 anos, em Rio Claro (SP), que irá responder pelos crimes contra a ordem tributária e contra relações de consumo. O flagrante foi registrado na Rua Dezessete, no bairro Consolação.
A investigação teve início após policiais da 1ª DIG (Delegacia de Investigações Gerais) tomarem conhecimento que policiais civis de Rio Claro fecharam uma fábrica clandestina de lubrificantes no município, dia 7 deste mês, com falsificação de marca.
A partir desta ocorrência, eles receberam informações que um indivíduo estaria mantendo também, de forma irregular, parte de produtos da mesma empresa ocultados em um outro local, também na cidade de Rio Claro, e ainda que pessoas estariam tentando se desvencilhar do que havia no local, já que os produtos estariam diretamente relacionadas ao fechamento da fábrica clandestina de lubrificante.
Nesta terça-feira foi realizada observação discreta, onde foi visualizado que uma pessoa esteve no barracão e que, antes da chegada do apoio para abordagem, a mesma fechou o portão e foi embora.
Teve continuidade a observação, sendo que o barracão ficou fechado por algum tempo denotando-se que algo clandestino estivesse sendo comercializado ali. Em dado momento, já no final do dia, o policial civil que estava de campana acabou flagrando o indivíduo, novamente abrindo o portão, sendo que então solicitou também apoio de policiais militares, de forma que ingressaram no local que tem aparência de estabelecimento comercial.
O indivíduo foi identificado como sendo o representante comercial, o qual relatou que era o proprietário do comércio. Perguntado sobre o alvará, ele informou não possuir qualquer documentação, seja junto à prefeitura ou ao Corpo de Bombeiros – exibiu apenas contrato social.
No dia 07 de agosto foi constatado que lubrificantes ostentando a marca Lubrax estariam apresentando indícios de adulteração, inclusive, sendo apreendidos juntamente com outros itens. Nesta terça-feira, os policiais encontraram nova quantidade de embalagens ostentando a mesma marca, que o representante afirmou que havia comprado da empresa da mesma pessoa que fora autuada em flagrante pela fábrica clandestina.
Ele também declarou que tinha conhecimento de que policiais haviam lacrado a fábrica. O comerciante apresentou, ao policial civil, cópias de notas fiscais evidenciando a aquisição dos produtos da mesma empresa que, segundo noticiado no Boletim de Ocorrência de Rio Claro, seria de propriedade da esposa daquele envolvido, inferindo-se que o óleo produzido em tal empresa seria matéria prima para a possível falsificação.
Junto ao local foram encontrados produtos de outra empresa, que seria sediada na cidade de Campinas (SP), suspeitos de serem utilizados como matéria prima para a falsificação dos lubrificantes das marcas Mobil e Lubrax. No Boletim de Ocorrência elaborado em Rio Claro, consta que três galões de vinte litros, ostentando marca Lubrax, falsificados, teriam sido apreendidos.
Nesta terça-feira, no barracão, havia 31 galões também com indícios de adulteração, constatadas pela perícia criminal, bem como grande quantidade de outros lubrificantes que não puderam ser removidos e ficaram depositados ao filho do comerciante preso. Sendo assim, o homem foi autuado em flagrante pelo delegado Marcel Willian Oliveira de Sousa e permaneceu à disposição da Justiça.




