Antes mesmo do término do registro da ocorrência de roubo no Plantão Policial de Limeira (SP), na noite desta quinta-feira (23), o comerciante E.S.O., de 35 anos, já fazia perguntas a si mesmo, entre elas: como vou pagar os credores? e o material que está para chegar, como irei pagar? De que jeito vou sustentar minha família?”. Tudo indica que o estabelecimento terá que ser fechado.
O homem, que parece “estar sem chão”, se refere a um prejuízo da ordem de R$ 50 mil com os cerca de 60 aparelhos celulares novos que foram roubados do seu estabelecimento, na rua Salvador Gonçalves de Oliveira, no Jardim Santa Amália, conforme já foi divulgado pelo Rápido no Ar Rápido No Ar.
O comerciante conta que, quando os bandidos iam saindo, chegou a reagir atirando na direção deles, mas não sabe se acertou alguém. Ele, a esposa, e a filha de um ano ficaram trancados dentro da loja com cinco criminosos, sendo dois armados e os outros três fazendo a “limpa” no comércio. Entre os celulares estavam os que já foram comprados para o final de ano.
“Eu ia plantar a semente agora, para colher no mês que vem, mas agora não terei como recomeçar. Tudo o que eu tinha estava investido ali. É lamentável a gente, como comerciante de Limeira (SP), ser alvo desses meliantes. Tudo o que um comerciante poderia fazer eu fiz. Eu reforcei minha segurança, só na minha loja tenho dois alarmes ligados 24 horas, câmeras de segurança, vários monitores, um deles na minha frente, mas, infelizmente, esses meliantes devem ter parte com o diabo porque não tem outra explicação”, disse ele à equipe do Rápido No Ar.
A vítima disse que trabalhava mais de 12 horas por dia. Depois do roubo, um veículo foi apreendido e 14 celulares estavam dentro dele. Mesmo assim, é uma quantia insuficiente para o recomeço, de acordo com o comerciante que está acometido por um grande abalo emocional. “Não tenho forças, nem material e nem mental, para recomeçar. Minha família também não tem”, declarou.
De acordo com o comerciante, os marginais tinham conhecimento sobre seu trabalho. “Sabiam quem eu era, como eu trabalhava, o que eu tinha na loja, inclusive os dois alarmes. Agora, imagina eu e minha família trancada na minha loja com cinco marginais? Eles levaram a semente e sem semente não tem como dar fruto. Agora é só entregar nas mãos de Deus e esperar o que Ele tem preparado para nós. Final de ano, a gente se preocupa com saidinha, com venda, estoque, não é fácil”.