Considerado um dos maiores parques da América Latina, o Hopi Hari está perto de completar 18 anos de existência e muito próximo de fechar as portas. Com uma dívida de R$ 700 milhões, com a luz cortada, sem seguro e com cerca de 300 funcionários que não recebem salário desde fevereiro, o parque está à beira de uma pane seca.
Em abril, o parque teve o fornecimento de energia cancelado por causa de uma dívida de R$ 580 mil com CPFL (Companhia Paulista de Força e Luz). O novo proprietário, José Luiz Abdalla, ainda precisa levantar R$ 100 mil nesta semana, ou na segunda-feira (15), terá que devolver os geradores alugados, que hoje evitam o fechamento definitivo das portas.
Desde 25 de março, o parque opera sem cobertura de seguro para acidentes com frequentadores ou eventuais danos aos equipamentos.
Com os problemas que o Hopi Hari vem passando, o público sumiu. O local que chegou a receber mais de 24 mil pessoas em um único dia, no último sábado recebeu 160 visitantes, na sexta-feira foram 20 pessoas.
Para piorar a situação, o parque é alvo de investigação do Ministério Público. Há relatos que o Hopi Hari opera diversos dias com poucos brinquedos funcionando, apesar de vender passaportes normalmente e sem nenhum tipo de aviso aos visitantes.
O processo de recuperação judicial, solicitado em 2016, está praticamente paralisado, já que o parque não conta com um profissional que saiba lidar com esse tipo de processo. Segundo Abdalla, o último advogado especializado retirou-se por falta de pagamento.
Abdalla comprou 80% do Hopi Hari de Luciano Correa, seu amigo de infância, por R$ 0,01, assumindo todo o histórico de passivo de R$ 700 milhões na pessoa física, uma operação inédita e que deixou representantes do mercado financeiro perplexo