A crise financeira gerada pela pandemia do novo coronavírus (covid-19), que levou ao encerramento precoce da temporada 2019/2020 da Superliga Masculina, pegou em cheio o Sesi-SP, vice-campeão das duas últimas edições do torneio e atual campeão da Copa Libertadores de Vôlei. O time anunciou que não renovará os contratos do elenco profissional, que terminam no próximo dia 30 de maio. Segundo o clube ligado ao Serviço Social da Indústria (Sesi), os vencimentos do grupo estão assegurados até o fim dos vínculos empregatícios.
A informação, revelada pelo site Webvolei, foi confirmada pela Agência Brasil. A agremiação respondeu, por meio da sua assessoria de imprensa, que “Diante do cenário atual, o Sesi-SP não renovou os contratos de trabalho e imagem. Iniciará a nova temporada com sua equipe de base, e poderá ter reforços para a Superliga 2020/2021, que ainda não tem previsão de início”.
O Sesi-SP disputa a Superliga Masculina desde a temporada 2009/2010. Campeão na temporada seguinte a de estreia, o time bateu na trave quatro vezes (2014, 2015, 2018 e 2019) na busca pelo bicampeonato. O atual elenco, que será dissolvido, conta com jogadores como o oposto Alan (campeão mundial no ano passado com a seleção brasileira), o líbero Murilo, o ponteiro Lucas Loh, o meio de rede Éder e o levantador William – os dois últimos medalhistas de ouro na Olímpíada Rio 2016.
A edição 2019/2020 da Superliga foi dada como finalizada após reunião por videoconferência entre representantes dos clubes. O Sesi foi um dos cinco times – além de Sada Cruzeiro, Fiat Minas, América-MG e Apan Blumenau – que votaram pela continuidade do torneio quando fosse possível. As outras sete equipes votaram pela conclusão da temporada. A uma rodada do término da primeira fase, os paulistas ocupavam o quarto lugar na tabela e já estavam classificados para a fase mata-mata.
O Sesi-SP tem parceria com outras equipes no esporte coletivo profissional, como o Bauru (vôlei feminino), o Franca (basquete masculino) e o Araraquara (basquete feminino). O clube informou que, por enquanto, a situação com esses times é tratada “caso a caso, pois algumas modalidades, como basquete e vôlei feminino, possuem parcerias e/ou patrocinadores. A definição no momento foi apenas no vôlei masculino”.