A China ameaçou nesta sexta-feira, 16, “responder com firmeza e vigor” às eventuais sanções impostas pelos Estados Unidos ao país asiático por conta da repressão à democracia em Hong Kong. Na quinta-feira, 15, a agência Reuters informou que o governo americano prepara uma série de medidas para fazer frente ao crescente controle chinês sobre o território semiautônomo, que devem ser divulgadas nesta sexta-feira (16). Washington também deve emitir um alerta a empresas sobre os riscos de se operar na cidade, de acordo com o jornal The Wall Street Journal.
Em coletiva de imprensa, o porta-voz do ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, acusou os EUA de interferências em questões domésticas do país asiático e disse que o governo chinês é “inabalável” na defesa da soberania nacional e de seus interesses. “Os EUA devem obedecer ao direito internacional e às normas básicas de relações internacionais, e parar de interferir nos assuntos de Hong Kong e nos assuntos internos da China de qualquer forma”, afirmou.
A contenda representa mais um capítulo da deterioração recente das relações entre as duas maiores economias do planeta. No ano passado, Pequim implementou uma lei de segurança nacional com objetivo de reprimir dissidentes em Hong Kong, que desde 2019 foi palco de uma onda de protestos em defesa da democracia. Na época, o então presidente americano, Donald Trump, respondeu com sanções contra indivíduos e entidades chinesas.