A Polícia Civil de São Paulo confirmou que a adolescente Nicolly Fernanda Pogere, de 15 anos, foi assassinada com extrema violência por dois adolescentes — o namorado e uma outra jovem com quem ele também mantinha um relacionamento. O corpo da vítima foi encontrado esquartejado, com sinais de crueldade, em Hortolândia, no interior do estado.
Nicolly desapareceu no dia 12 de julho, enquanto passava as férias na casa do avô em Hortolândia. Ela havia saído para encontrar o namorado e, desde então, não foi mais vista. Seu corpo só foi localizado no dia 19, uma semana após o desaparecimento, com múltiplas perfurações, traumatismo craniano e os membros cortados. A polícia classificou o crime como cometido com “requintes de crueldade”.
Segundo a investigação, a sigla “PCC” foi escrita nas costas da vítima em uma tentativa de simular envolvimento com o crime organizado. No entanto, os investigadores descartam qualquer ligação de Nicolly com facções criminosas. A suspeita é que o casal tenha usado essa tática para confundir a motivação real do crime, que seria passional.
Suspeitos confessam e dizem que crime foi motivado por ciúmes
O principal suspeito é um adolescente de 17 anos, namorado de Nicolly. Ele e uma garota de 14 anos, que também era companheira dele, foram apreendidos em Cornélio Procópio (PR), onde se esconderam após o crime. De acordo com a polícia, ambos confessaram o assassinato.
Os adolescentes alegaram que Nicolly teria tido uma crise de ciúmes ao vê-los juntos e tentado agredi-los com uma faca. Segundo essa versão, eles reagiram em “legítima defesa”, esfaqueando a jovem. Depois, ao perceberem que ela estava morta, decidiram esquartejar o corpo na tentativa de ocultá-lo.
Relacionamento e reencontro nas férias
Nicolly e o suspeito se conheciam desde a infância, mas estavam morando em cidades diferentes. Durante as férias, a adolescente viajou de Mococa (SP) para Hortolândia, onde voltou a se encontrar com o rapaz. Ela teria ido à casa dele no dia do desaparecimento. A família ainda tentou contato por telefone, mas ele negou saber onde ela estava.
A Polícia Civil trata o caso como homicídio qualificado, com agravantes como motivo torpe e ocultação de cadáver. Os dois adolescentes foram apreendidos e permanecem sob custódia da Vara da Infância e Juventude.




