A Prefeitura de Campinas publicou nesta quarta-feira (2) a minuta do edital da nova licitação do transporte público coletivo convencional, dando início a uma consulta pública de 92 dias, válida até 2 de julho. Durante esse período, a população poderá analisar o documento e enviar sugestões por meio do site da Secretaria de Transportes ou presencialmente em urnas distribuídas nos terminais Campo Grande, Central, Barão Geraldo e Ouro Verde.
A licitação é considerada uma das maiores da cidade, com investimento estimado em R$ 11 bilhões ao longo de 15 anos. O contrato prevê a concessão de dois lotes operacionais do transporte: Lote 1 (regiões Norte, Oeste e Noroeste) e Lote 2 (regiões Leste, Sul e Sudoeste). As empresas vencedoras deverão apresentar propostas técnicas e financeiras, sendo vencedora aquela que oferecer a menor tarifa de remuneração e melhor proposta para os serviços.
Frota elétrica e melhorias
Entre os destaques da proposta está a introdução gradual de uma frota elétrica, com previsão inicial de 60 ônibus elétricos, sendo 10 por ano (cinco por lote) nos primeiros seis anos. O edital ainda admite a ampliação desse número, com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), podendo chegar a mais 256 veículos elétricos.
Os novos ônibus deverão contar com ar-condicionado, Wi-Fi, tomadas USB, câmeras de segurança, GPS e terminais de computador de bordo. O objetivo, segundo a Emdec, é garantir viagens mais rápidas, confortáveis e sustentáveis.
Além dos ônibus convencionais, a nova concessão incorpora a operação do BRT (Bus Rapid Transit) e do PAI-Serviço, voltado para pessoas com deficiência.
Participação pública e próximos passos
Após o período de consulta pública, as sugestões pertinentes serão analisadas e a versão final do edital será publicada. A partir disso, empresas interessadas terão 45 dias úteis para apresentar propostas. O início da operação está previsto para até 180 dias após a emissão da ordem de serviço.
A bilhetagem eletrônica será gerida de forma mista entre poder público, operadoras e Emdec. O modelo de remuneração será baseado no desempenho operacional e na qualidade dos serviços prestados.
Mais informações sobre o processo podem ser acessadas nos sites: