O mês de fevereiro é marcado pela campanha Fevereiro Laranja, que tem o objetivo de conscientizar a população sobre a leucemia -tipo de câncer no sangue- e a importância da doação de medula óssea. A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo já aprovou leis sobre o tema e tem propostas dos parlamentares em andamento.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), em 2020, foram diagnosticados 10.810 novos casos de leucemia no Brasil, sendo que 5.920 foram registrados em homens e 4.890 em mulheres. O número registrou aumento de 31,8% em relação a 2019, que teve 7.370 casos.
A doença
A leucemia é um tipo de câncer no sangue. Sua origem está na medula óssea, que provoca um crescimento rápido e anormal das células do sangue, os chamados leucócitos, que são responsáveis pela defesa do organismo. O diagnóstico da doença é realizado por meio de exames como o hemograma, ou então os exames de medula óssea, que é o mielograma, imunofenotipagem e cariótipo.
Existem 12 tipos de leucemia. Os quatro principais são a leucemia mieloida aguda (LMA), a leucemia mieloida crônica (LMC), a leucemia linfoide aguda (LFA) e a leucemia linfoide crônica (LFC). Os sintomas da doença são cansaço, queda de imunidade, hematomas, sangramentos espontâneos, anemia, febre e fadiga.
Leis
Em vigor na Alesp há 2 anos, a Lei 17.207/2019, de autoria do deputado Thiago Auricchio (PL), institui a Campanha Fevereiro Laranja no Estado de São Paulo. Realizada anualmente, a ação tem o intuito de informar e conscientizar a população sobre a leucemia.
Para o deputado Thiago Auricchio, “vivemos um momento de democratização da informação e isso pede que a gente promova ações de conscientização em temas importantes, como o Fevereiro Laranja, mês dedicado ao combate da leucemia. É por meio de ações como essa que vamos conseguir demonstrar a importância dos cuidados com a saúde, principalmente com a prevenção, que é o foco principal da medicina”.
Outra lei presente na Alesp é a Lei 16.790/2018, de autoria do deputado Fernando Cury (sem partido), que estabelece o Sistema Paulista de Cadastro e Doação de Medula Óssea, com o intuito de fazer a gestão, coleta, cadastro, estocagem, transplante e proteção ao doador e receptor.
Fernando Cury falou da dificuldade em se doar medula óssea e por isso criou a lei. “A espera por um doador de medula óssea compatível pode ser um período de grande agonia, se um parente próximo não preenche os requisitos para doar. E, muitas vezes, não há tempo hábil para esperar. Para ajudar a diminuir essa aflição, propus um PL para criar um cadastro de doadores, que foi aprovado e se tornou esta lei estadual”, disse o parlamentar.