Desde que a família mudou para um condomínio no bairro do Pinhal, em Limeira (SP), há dois anos, o cão vira-latas “Fuleko”, com 11 anos de idade, e que é o xodó dos moradores da casa, justamente por estar há mais tempo com eles, escapou apenas uma vez – logo no início da mudança. Depois disso, não saiu mais.
Na terça-feira passada, dia 25 de fevereiro, quando um dos moradores saiu para trabalhar, às 7h30 da manhã, “Fuleko” aproveitou a abertura do portão e escapou, na companhia do outro cãozinho de estimação, um Border Collie que está para completar um ano, segundo a dona, a autônoma Karlla Santana Ferreira, de 21 anos.
Cerca de 30 minutos depois, o vira-latas voltou sozinho para casa e ficou sentado embaixo de uma árvore. Os donos perceberam que ele estava estranho e que parecia entristecido. Ao verificar o pelo do animal, o pai de Karlla percebeu que havia sangue.
A família chegou a pensar que ele tivesse se machucado em algum arame, por exemplo, mas, depois de tomar banho, ao que pai dela foi colocar “Fuleko” no campo, ele caiu no gramado e não levantou mais. Isso causou mais estranheza ainda porque, apesar da idade, o animal sempre foi batante ativo.
Foi feito contato com o veterinário que já cuida do cachorro, mas este estava fora da cidade. A família, então, o levou para um hospital onde foi constatado que o ferimento foi provocado por disparo de arma – a munição era chumbinho.
“Era para matar porque a bala ficou na coluna dele, entre as costelas, a uns quatro dedos do coração. Não deu para remover, devido ao risco de morte, então estamos esperando para levá-lo de volta ao veterinário, que irá ver se a bala se moveu e se dá para operar fazendo a retirada”, disse Karlla.
“No bairro tem tantos cachorros soltos, que latem para as pessoas, e para a gente jamais alguém ia fazer alguma maldade com nosso cachorro”, disse ela que viu, em algumas imagens, que os dois cães de sua propriedade não teriam saído do condomínio.
“Acreditamos que foi algum morador, ou alguém que visitou um morador do local, e estamos chateados porque eu era pequena quando pegamos ele. A pessoa que fez, provavelmente, não vai falar porque parece que foi algo na maldade mesmo”, completou.