O Centro de Operações da Polícia Militar (Copom) do Comando de Policiamento do Interior 2 inaugurou nesta quarta-feira (28) o serviço da Cabine Lilás, voltado ao atendimento especializado e humanizado às vítimas de violência doméstica e familiar. Ao todo, 38 municípios da região de Campinas serão contemplados com o projeto.
O programa realizado exclusivamente por policiais femininas via número 190 vai aumentar a rede de proteção das mulheres no interior paulista. Em março, no Dia Internacional da Mulher, a região de São José do Rio Preto passou a integrar o serviço, sendo a primeira a ser contemplada no plano de expansão fora da capital paulista.
Até o final do ano, todas as regiões do interior do estado passarão a contar com o atendimento da Cabine Lilás. Em junho, será inaugurada em São José dos Campos. Depois, em Bauru (julho), Piracicaba (agosto), Sorocaba (setembro), Presidente Prudente (outubro), Santos (novembro), Araraquara e Ribeirão Preto (dezembro).

“Nosso compromisso é o de fortalecer e ampliar os serviços que dão bons resultados em nosso estado. A Cabine Lilás é um exemplo disso, pois estamos avançando na construção de um ambiente acolhedor e mais seguro para as mulheres, com um atendimento que vai além da emergência, oferecendo suporte e todas as orientações para encorajar a vítima a buscar ajuda e denunciar o crime”, afirmou o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite.
Na Cabine Lilás a vítima é informada sobre os direitos, redes de apoio disponíveis na região em que mora, acionamento de viaturas em caso de ameaça e ainda recebe orientações diversas sobre como agir em determinadas situações.
Também é orientada a abrir um Boletim de Ocorrência sem sair de casa, por meio do aplicativo SP Mulher Segura, sobre assistência jurídica gratuita, pensão alimentícia e guarda do filho, rede de abrigo, auxílio-aluguel, além de serviços de acolhimento e atendimento à saúde.
O serviço pode ser solicitado pela vítima ou ser ofertado pelo atendente, caso a solicitante queira falar diretamente com uma policial. Como o atendimento é feito em uma cabine exclusiva, a vítima terá mais tempo de conversa na ligação, já que não ficará na linha com as mesmas pessoas que acionam o chamado emergencial.
“Muitas cidades do interior não contam com apoio psicológico ou acesso jurídico, por exemplo. Essa expansão permite que o serviço esteja mais próximo fisicamente da mulher, o que aumenta as chances de denúncia e proteção efetiva”, disse o comandante do CPI-2, coronel Leonardo Akira Takahashi.
O programa já funciona há um ano e dois meses na capital paulista e na região metropolitana. No período, mais de 7 mil atendimentos já foram realizados, com 120 suspeitos conduzidos à delegacia e 35 permanecendo presos pelo descumprimento da medida protetiva ou violência doméstica.