O mercado de ar-condicionado no Brasil bateu um recorde histórico em 2024, com 5,9 milhões de unidades fabricadas, um crescimento de 38% em relação ao ano anterior. Com esse avanço, o país subiu da quinta para a segunda posição no ranking mundial de produção, ficando atrás apenas da China.
O aumento das ondas de calor e a economia aquecida foram os principais fatores que impulsionaram as vendas, conforme apontam dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), divulgados nesta segunda-feira (17).
Ondas de calor impulsionam crescimento do setor
De acordo com Jorge Nascimento, presidente da Eletros, dois fatores explicam o boom no setor:
✅ Calor intenso – Com temperaturas elevadas registradas em diversas regiões do Brasil, houve um aumento expressivo na procura por equipamentos de climatização.
✅ Economia mais estável – O aumento do emprego, inflação controlada e a queda dos juros facilitaram o parcelamento e a compra de eletrodomésticos.
Setor de eletroeletrônicos cresceu 29% em 2024
Além do avanço na produção de ar-condicionado, a indústria de eletroeletrônicos como um todo registrou crescimento de 29% em 2024, com 117,7 milhões de unidades vendidas.
📺 TVs – O setor teve a maior produção da década, com 13,5 milhões de unidades vendidas (+22%).
🛠 Linha branca (geladeiras, fogões e máquinas de lavar) – 15,6 milhões de unidades comercializadas (+17%).
Indústria pede continuidade do cenário econômico positivo
Durante reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro da Fazenda Fernando Haddad, representantes da indústria destacaram a importância da manutenção do ajuste fiscal, controle da inflação e juros baixos para sustentar o crescimento do setor.
“Crescer 29% em uma indústria de bens duráveis é algo excepcional no mundo hoje”, destacou Alckmin.
A expectativa para 2025 é manter o crescimento e, em um cenário otimista, alcançar 10% de alta no setor.