O ex-primeiro-ministro britânico Boris Johnson foi recebido pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, no Palácio dos Bandeirantes nesta quinta-feira (31). Em sua primeira visita ao Brasil, Johnson foi apresentado ao portfólio de parcerias e investimentos do estado.
Acompanhado de Natália Resende, secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, e Lucas Ferraz, secretário de Negócios Internacionais, Tarcísio discutiu com Johnson o cenário econômico paulista e as iniciativas do estado na transição energética. “Focamos em temas como hidrogênio verde, biometano, etanol e energia renovável. São Paulo tem um papel crucial neste processo”, disse o governador.
A relação comercial entre Brasil e Reino Unido também foi discutida. Tarcísio destacou: “Há um vasto potencial para fortalecer parcerias, especialmente nas áreas de indústria, comércio exterior, tecnologia e energia”.
Johnson, por sua vez, expressou gratidão pela hospitalidade paulista e ressaltou a importância da parceria entre as duas potências econômicas. “Ambos os países têm o objetivo de combater as mudanças climáticas através da tecnologia verde, beneficiando todos os cidadãos”, afirmou.
Desde que deixou o cargo em setembro de 2022, Johnson tem se envolvido em cúpulas do setor privado para fomentar investimentos globais em parcerias com gestões públicas. Tarcísio, governador desde janeiro de 2023, tem focado em políticas pró-mercado para atrair investidores nacionais e internacionais, visando o crescimento do PIB e a geração de empregos.
Um dos pontos altos da visita foi a apresentação da primeira planta-piloto mundial para produção de hidrogênio renovável a partir do etanol. O projeto, sediado na Escola Politécnica da USP, envolve a gestão estadual, a Fapesp, e empresas como Shell Brasil, Hytron, Raízen e Toyota, além do Senai. Johnson mostrou-se particularmente interessado nesta iniciativa.
Tarcísio e Johnson também discutiram programas de desestatizações, Parcerias Público-Privadas e concessões, com destaque para o Trem Intercidades de São Paulo a Campinas e a privatização da Sabesp.