A Polícia de São Paulo investiga se o bombeiro civil Dênis Rogério dos Santos Silva simulou um incêndio no prédio onde morava, no Jardim São Luiz, Zona Sul da capital, para encobrir o assassinato da enfermeira Juliana Marcela do Nascimento, de 41 anos. O corpo da vítima foi encontrado em chamas na escada de emergência do edifício, com queimaduras no rosto e nas mãos.
Segundo o boletim de ocorrência, Dênis teria matado Juliana em seu apartamento, no 8º andar, e tentado ocultar o crime criando uma falsa situação de incêndio. Ele teria jogado o corpo na escada e acionado o sistema de hidrante do 9º andar, gerando tumulto no prédio e o acionamento do alarme. Vários moradores deixaram os apartamentos pelas escadas, e os elevadores foram desligados.
A vítima foi vista pela última vez em imagens de segurança entrando sozinha no prédio, na noite anterior, a caminho do apartamento do suspeito.
O zelador do edifício contou à polícia que encontrou Juliana ainda em chamas e tentou apagar o fogo. O Corpo de Bombeiros foi acionado por volta das 5h da manhã da quarta-feira (30), mas não havia sinais de incêndio em outros pontos do prédio, apenas água espalhada pelo uso do sistema de emergência.
A investigação indica que o objetivo seria dificultar a identificação do corpo e criar a impressão de um acidente.
Suspeito alegou inocência, mas foi preso
Dênis Rogério foi localizado na casa da mãe e, em um primeiro momento, negou envolvimento. Depois, afirmou que apenas teria “empurrado” a vítima. Policiais notaram ferimentos em sua mão e pé, e ele foi levado a uma unidade de saúde antes de ser preso.
No apartamento do suspeito, a polícia encontrou duas facas com vestígios de sangue. Os objetos foram apreendidos para perícia.
A irmã da vítima contou à polícia que Juliana conheceu Dênis pelas redes sociais e mantinha um relacionamento com ele há cerca de dois meses. Segundo ela, a enfermeira havia emprestado dinheiro ao suspeito e cobrava que ele assumisse o relacionamento.




