O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está sendo submetido, neste domingo (13), a uma cirurgia para liberação de aderências intestinais e reconstrução da parede abdominal. A informação foi divulgada em boletim oficial pelo Hospital DF Star, em Brasília, onde ele está internado desde a noite de sábado (12).
A operação foi indicada após exames constatarem a persistência de um quadro de suboclusão intestinal – uma obstrução parcial que dificulta a passagem de fezes e gases – mesmo após o início do tratamento clínico. Segundo os médicos, a cirurgia é uma laparotomia exploradora, utilizada para identificar e tratar causas internas de obstrução.
Histórico cirúrgico
As aderências no intestino de Bolsonaro são decorrentes das múltiplas cirurgias realizadas após o atentado que sofreu em 2018, durante a campanha presidencial. Esses episódios têm sido recorrentes, mas, de acordo com o médico Cláudio Birolini, a condição atual “parece mais grave do que os anteriores”.
Ainda no sábado, a equipe médica buscava alternativas menos invasivas, como jejum, uso de sonda e hidratação intravenosa. Com a falta de melhora, optou-se pela intervenção cirúrgica.
Transferência de emergência
Bolsonaro passou mal na última sexta-feira (11), durante evento do PL em Santa Cruz (RN). Ele foi inicialmente atendido em um hospital da cidade e, depois, transferido para Natal. De lá, foi levado a Brasília em uma UTI aérea.
Neste domingo, passou por nova avaliação clínica e exames laboratoriais e de imagem, que confirmaram a necessidade de cirurgia. A operação é acompanhada pelos médicos Cláudio Birolini, Leandro Echenique, Ricardo Camarinha, Guilherme Meyer e Allisson Barcelos Borges.
Pronunciamentos
Em publicação nas redes sociais, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), desejou pronta recuperação ao ex-presidente. O senador Rogério Marinho (PL-RN), que acompanha Bolsonaro desde o início do quadro, informou que a cirurgia “deve demorar”