A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) anunciou nesta sexta-feira (30) que a bandeira tarifária para o mês de setembro será vermelha no patamar 2, resultando em um acréscimo de R$ 7,877 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Essa é a primeira vez em mais de três anos que essa bandeira é acionada, refletindo um cenário de escassez de chuvas e temperaturas elevadas, que aumenta os custos da geração de energia.
Motivos para o acionamento da bandeira vermelha patamar 2
A decisão foi tomada devido à previsão de chuvas abaixo da média para setembro, o que deve impactar negativamente os níveis dos reservatórios das hidrelétricas em todo o país, com uma expectativa de afluência cerca de 50% abaixo do normal. A combinação de baixa disponibilidade hídrica e altas temperaturas, que elevam a demanda por energia, levou ao acionamento de usinas termelétricas, que possuem custos operacionais mais altos. Fatores como o GSF (risco hidrológico) e o aumento do Preço de Liquidação de Diferenças (PLD) também contribuíram para a decisão.
Impacto para o consumidor e importância do consumo consciente
O sistema de bandeiras tarifárias, criado pela ANEEL em 2015, visa informar o consumidor sobre o custo real da geração de energia, permitindo que ele adote práticas de consumo mais conscientes e contribua para a redução dos custos operacionais do sistema elétrico. Com a bandeira vermelha patamar 2 em vigor, é essencial que os consumidores utilizem a energia de forma responsável, evitando desperdícios que possam agravar o impacto ambiental e econômico.
Histórico recente e perspectivas
Desde agosto de 2021, essa é a primeira vez que a bandeira vermelha patamar 2 é acionada. Após uma sequência de bandeiras verdes que durou de abril de 2022 até julho de 2024, a bandeira amarela foi acionada em julho, seguida de bandeira verde em agosto. O retorno da bandeira vermelha patamar 2 sinaliza um período de maior atenção aos fatores climáticos e operacionais que influenciam a geração de energia no Brasil.