A área do viaduto que teve parte de sua estrutura desmoronada nesta terça-feira (6), em Brasília, ficará interditada até pelo menos dia 19 de fevereiro, informou o governo Distrito Federal. Localizado no Eixo Rodoviário Sul, uma das vias mais movimentadas da cidade, o viaduto desabou por volta das 11h45, danificou um restaurante e esmagou carros na área central da capital federal.
Nos próximos dias, uma avaliação técnica e pericial sobre as causas do incidente será realizada. A definição sobre a necessidade de demolição ou recuperação será possível após a avaliação.
Em 2011, o Sindicato da Arquitetura e da Engenharia (Sinaenco) havia publicado um estudo indicando que o viaduto necessitava de “intervenção urgente” por conta do alto número de veículos que trafegam ali diariamente.
A entidade afirmou, em comunicado, que os governos municipal, estadual e federal não investem o suficiente em manutenção de infraestrutura, fundamentais para manter a infraestrutura em bom estado. “Assim, edificações que têm vida útil estimada em 50 anos poderiam estar renovadas e em perfeitas condições de uso por muito mais tempo”, diz a nota.
O Tribunal de Contas do Distrito Federal (TC-DF) também elaborou uma auditoria, concluída em julho de 2012, em que afirmava que os reparos na área eram “urgentes”.
Após o acidente, o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB) anunciou a criação de uma comissão para decidir qual a maneira restaurar o local da forma mais adequada. Ele prometeu liberar R$ 1,4 milhão para tirar o entulho e reconstruir a estrutura.
O governador disse também que o sua gestão investiu R$ 67,7 milhões e priorizou a recuperação de viadutos, mas admitiu que este não tinha passado pelo processo.
“São viadutos antigos. Desde o início do nosso governo, fizemos manutenção em oito viadutos, seis tiveram reforço da estrutura, infelizmente esse não recebeu manutenção. Brasília é uma cidade que está envelhecendo”, afirmou no local.
O desabamento foi o segundo em dois dias na capital. No domingo, 4, o piso e um edifício residencial localizado na Asa Norte, área nobre da cidade, cedeu e esmagou 25 veículos. A queda da estrutura, parte de um edifício construído há 40 anos, foi causada pela falta de impermeabilidade, com a presença de infiltrações e corrosões.