O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta sexta-feira (14) uma ordem executiva que reduz as tarifas de importação sobre carne bovina, tomates, café e bananas. A medida, que entra em vigor com efeito retroativo a partir das 12h01 de 13 de novembro (horário de Nova York), visa reduzir os preços de produtos essenciais nos supermercados norte-americanos — e deve beneficiar exportadores brasileiros.
De acordo com a Casa Branca, os produtos incluídos na isenção tarifária não são produzidos em quantidade suficiente nos EUA para atender à demanda local. Entre eles estão commodities que o Brasil exporta em grande escala, como carne bovina, café e frutas tropicais. A expectativa é que a medida aumente a competitividade de fornecedores estrangeiros, incluindo os brasileiros.
A lista da nova política comercial também contempla outros alimentos como abacates, abacaxis, cocos e nozes, com potencial de impacto direto no mercado internacional.
A decisão acontece em meio à crescente pressão dos eleitores norte-americanos por medidas que aliviem o custo de vida, especialmente no setor de alimentos. Trump tenta reposicionar seu discurso econômico e oferecer respostas diante das críticas de que sua política tarifária inicial contribuiu para a alta de preços.
Segundo Jamieson Greer, representante comercial dos EUA, a mudança está dentro da estratégia do governo de “liberar setores essenciais” das tarifas. “Agora é o momento certo para liberar esses itens. Isso é um desdobramento natural do que o presidente já havia sinalizado anteriormente”, afirmou.
Efeito sobre exportações brasileiras
O Brasil é um dos maiores exportadores mundiais dos produtos que passam a ter tarifas reduzidas. A carne bovina brasileira, por exemplo, tem ganhado espaço no mercado dos EUA. O café e as frutas tropicais também são itens de destaque na pauta de exportações brasileiras.
Com a eliminação ou redução dessas tarifas, as empresas brasileiras podem se tornar mais competitivas frente a outros fornecedores internacionais, ampliando sua participação no mercado norte-americano.




