A Petrobrás prepara um reajuste no valor do gás de cozinha, o que pode impactar o preço final do botijão de 13 quilos. A estatal trabalha nos cálculos finais para definir o aumento do preço do chamado gás liquefeito de petróleo (GLP).
O produto está em 59,5 milhões de residências, equivalente a 96% das famílias do País e a estatal é dona de praticamente 100% do abastecimento de gás natural no mercado nacional.
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Especialistas entendem que após vários anos de uma política de subsídio que manteve o preço do gás da estatal sem aumento, o mercado acabou fazendo seus reajustes por conta própria, impactando o consumo final.
De acordo com dados da empresa “Preço do Gás”, que divulga valores do botijão praticados em todo o País, a variação atual de preços do gás de cozinha chega a mais de 78%, entre R$ 44,90 e R$ 80, na entrega ao cliente.
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Reajuste
O histórico dos reajustes mostra que, entre 2003 e 2016, o preço final do gás cobrado pelas revendedoras acumulou reajuste médio de 89%, saltando de R$ 29,35 para R$ 55,60 o botijão. Neste mesmo período, o aumento realizado pela estatal foi de apenas 16,4%.
No fim de 2016, a Petrobras já tinha reajustado em 12,3% o GLP destinado aos usos industrial, comercial e granel às distribuidoras, mas não mexeu no preço para o consumidor doméstico. Na mesma época, a estatal aumentou o preço do diesel nas refinarias em 9,5%, em média, e da gasolina em 8,1%.
Mas nem todo lucro vai para a Petrobras, e empresa fica com cerca de 24% do valor cobrado. As distribuidoras e revendas retêm cerca de 57%. Outros 15% são ICMS e 4% de PIS e Confins.