Após ter sido esfaqueado em ato de campanha em Juiz de Fora (MG), o candidato do PSL à Presidência nas eleições 2018, Jair Bolsonaro, está sendo submetido a uma operação na Santa Casa da cidade.
Segundo entrevista rápida do porta-voz do hospital, Bolsonaro tem uma perfuração na altura do abdômen. O candidato passa, neste momento, por um procedimento chamado laparotomia exploratória. Há suspeita de lesão no fígado e na alça intestinal. Se esses ferimentos forem confirmados na cirurgia, são graves e podem provocar sangramento interno. A cirurgia ainda não tem horário estimado para acabar.
A Polícia Federal prendeu Adelio Bispo de Oliveira, de 40 anos, o homem acusado de esfaquear o candidato Bolsonaro. A PF vai instaurar investigação para apurar a agressão sofrida pelo candidato.
Assista:
O deputado Flavio Bolsonaro (PSL), filho do presidenciável, disse que a pessoa que atacou seu pai agiu para matá-lo, e que a campanha “já avaliava que este tipo de violência poderia acontecer”. O candidato não usava colete à prova de balas, afirmou Flávio.
“Não sei o que se passa na cabeça de uma pessoa dessa. Foi a mão de Deus que agiu (para proteção)”, disse Flávio à Globonews, em trânsito. “Estou indo para Juiz de Fora agora. É contra isso que estamos lutando. A gente sempre soube que poderia acontecer. Os presidenciáveis têm direito a escolta da PF e veículo blindado e, na avaliação deles, o Jair precisa de uma atenção maior. Foi com uma faca, mas poderia ter sido com uma arma. A gente toma as precauções. (O ataque) fortalece ainda mais (a campanha).”
Políticos manifestam repúdio a ataque
Álvaro Dias
O candidato do Podemos à Presidência, Álvaro Dias, repudiou, o ataque sofrido pelo concorrente Jair Bolsonaro (PSL).
“Eu repudio todo e qualquer ato de violência. Por isso a violência nunca deve ser estimulada. Eu não estimulo”, afirmou Dias, em nota enviada à imprensa.
Ciro Gomes
O candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, também repudiou o ataque. A agressão a faca foi confirmada por Flavio Bolsonaro, filho do candidato do PSL.
“Acabo de ser informado em Caruaru, Pernambuco, onde estou, que o Deputado Jair Bolsonaro sofreu um ferimento a faca. Repudio a violência como linguagem política, solidarizo-me com meu opositor e exijo que as autoridades identifiquem e punam o ou os responsáveis por esta barbárie”, escreveu Ciro Gomes, no perfil oficial dele.
Guilherme Boulos
Comentando a agressão sofrida por Bolsonaro, o candidato ao Planalto Guilherme Boulos (PSOL) se manifestou pelo Twitter declarando que “violência não se justifica” e cobrou uma investigação sobre o fato.
“Soube agora do que ocorreu com Bolsonaro em Minas. A violência não se justifica, não pode tomar o lugar do debate político. Repudiamos toda e qualquer ação de ódio e cobramos investigação sobre o fato”, escreveu Boulos pela rede social.
Geraldo Alckmin
O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, também lamentou, durante agenda de campanha em Juiz de Fora (MG).
“Política se faz com diálogo e convencimento, jamais com ódio. Qualquer ato de violência é deplorável. Esperamos que a investigação sobre o ataque ao deputado Jair Bolsonaro seja rápida, e a punição, exemplar. Esperamos que o candidato se recupere rapidamente”, escreveu o tucano no Twitter.
Henrique Meirelles
O candidato do MDB ao Planalto, Henrique Meirelles, usou nesta quinta-feira, 6, o Twitter para lamentar o ataque.
Meirelles desejou pronta recuperação a Bolsonaro e disse lamentar “todo e qualquer tipo de violência”. “O Brasil precisa encontrar o equilíbrio e o caminho da paz. Temos que ter serenidade para apaziguar a divisão entre os brasileiros”, publicou o emedebista.
João Dória
O candidato ao governo de São Paulo pelo PSDB, João Doria, emitiu uma nota para transmitir “solidariedade” ao presidenciável Jair Bolsonaro (PSL. O tucano classificou o ato como “covardia”. “Transmito a minha solidariedade ao deputado Jair Bolsonaro e aos seus familiares. Eleição não se faz com agressão. A covardia de um ato que agride um candidato deve ser condenada com veemência”, afirmou Doria.
João Amoêdo
O candidato pelo Partido Novo, João Amoêdo também lamentou e afirmou ser inaceitável o que aconteceu há pouco com Bolsonaro.
“É lamentável e inaceitável o que aconteceu há pouco com o candidato Jair Bolsonaro. Independentemente de divergências políticas, não é possível aceitar nenhum ato de violência.
O Brasil lutou muito para voltar à democracia e a ter eleições limpas e livres. A violência não pode colocar essas conquistas em risco. Que o agressor sofra as devidas punições. Meus votos de melhoras para o candidato.”
Marina Silva
A candidata à Presidência Marina Silva (Rede) disse, em nota, que o ataque sofrido pelo presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) em Juiz de Fora (PSL) é “inadmissível” e precisa ser “investigado e punido com todo rigor”.
“A violência contra o candidato Jair Bolsonaro é inadmissível e configura um duplo atentado: contra sua integridade física e contra a democracia”, escreveu Marina. “Este atentado deve ser investigado e punido com todo rigor. A sociedade deve refutar energicamente qualquer uso da violência como manifestação política.”
Michel Temer
O presidente Michel Temer classificou como lamentável o esfaqueamento de Jair Bolsonaro. O presidente disse também que o episódio demonstra a falta de tolerância da sociedade brasileira.
“Isso revela algo que nós devemos nos conscientizar porque é intolerável justamente a intolerância que tem havido na sociedade brasileira. … É intolerável em um Estado democrático de Direito que não haja a possibilidade de uma campanha tranquila, uma campanha em que as pessoas vão e apresentem seus projetos”, afirmou Temer ao participar da cerimônia de lançamento de edital para ações para populações extrativistas da Amazônia.
O presidente afirmou que o episódio é “triste para a nossa democracia”. “Mas que sirva de exemplo. O candidato Bolsonaro, se Deus quiser, passará bem. Esperamos que não haja nada mais grave”, disse.