Diferentemente do que estava programado, Anderson Silva não vai mais participar do UFC Xangai, no próximo dia 25, na China, onde enfrentaria o norte-americano Kelvin Gastelum. A organização da modalidade informou, por meio de um comunicado, que o lutador brasileiro foi suspenso preventivamente depois que os organizadores do UFC foram notificados nesta sexta-feira de que ele foi flagrado em um exame antidoping que apontou um potencial uso de doping.
“A organização do UFC foi notificada hoje que a Agência Norte-americana Antidopagem (USADA) informou Anderson Silva sobre uma possível violação da Política Antidopagem decorrente de uma amostra coletada fora de período de competição, em 26 de outubro de 2017. Como resultado, Silva foi provisoriamente suspenso pela USADA (a Agência Antidoping dos Estados Unidos). Devido à proximidade da luta programada para o UFC Fight Night Xangai, na China, em 25 de novembro de 2017, contra Kelvin Gastelum, Silva foi retirado do card e o UFC está atualmente buscando um substituto”, anunciou o comunicado, que não informou qual foi a substância proibida encontrada neste exame realizado pelo atleta brasileiro.
Desta forma, Anderson Silva se vê envolvido em mais um episódio de doping que mancha a trajetória de sua gloriosa carreira no UFC. Há quase três anos, em janeiro de 2015, o ex-campeão dos médios foi pego em três testes realizados naquele mesmo mês antes de enfrentar Nick Diaz no dia 31, no UFC 183, quando derrotou o norte-americano.
Naquela ocasião, ele foi flagrado em um exame fora do período de competição e depois em dois testes colhidos por laboratórios diferentes realizados no dia de sua luta contra Diaz. As amostras apontaram o uso das substâncias proibidas androsterona, drostanolona, temazepam e oxazepam.
Desta forma, este então seria o quarto exame feito por Anderson Silva com resultado positivo para uso de doping. Em 2015, o astro recebeu uma suspensão de um ano da Comissão Atlética de Nevada (NAC, na sigla em inglês), então responsável pelo controle antidopagem do UFC, que também anulou a vitória do brasileiro sobre Diaz.
Agora, este controle de doping é realizado pela Agência Antidoping dos Estados Unidos, sendo que o comunicado divulgado nesta sexta-feira também destacou: “A USADA, administradora independente da Política Antidopagem do UFC, tratará o gerenciamento de resultados e a adjudicação apropriada deste caso envolvendo Silva. De acordo com a Política Antidopagem do UFC, existe um processo legal completo e justo que é oferecido a todos os atletas antes de serem impostas quaisquer sanções. Informações adicionais serão fornecidas no momento apropriado, de acordo com o avanço do processo”.
Por ser reincidente, Anderson Silva agora corre o risco de receber outra punição pesada. E, curiosamente, essa também é a segunda vez que um combate entre ele e Kelvin Gastelum é cancelado. Inicialmente, os dois tinham luta programada para acontecer em julho, no UFC 212, no Rio, mas o norte-americano foi suspenso após um exame, realizado no mesmo dia em que enfrentou Vitor Belfort no UFC Fortaleza, em março, apontar uso de maconha. Por causa da irregularidade, Gastelum foi suspenso por três meses, antes de retornar ao octógono em julho, quando foi superado pelo seu compatriota Chris Weidman no UFC Long Island. Weidman, por sinal, que já derrotou Anderson Silva por duas vezes.