Quando o assunto é moradia, todo cuidado e planejamento é pouco. Afinal, o valor investido em uma compra ou em uma locação irá demandar uma parcela significativa da renda do interessado, sendo essencial entender o valor máximo que cada pessoa deve despender nesse segmento para definir, assim, o que vale mais a pena: comprar ou alugar um imóvel. Ambas as possibilidades possuem características específicas e cabe ao consumidor avaliar qual delas atende melhor ao seu perfil e às suas possibilidades no momento.
Segundo pesquisa realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), já são quase 143 milhões de brasileiros que possuem casas próprias, enquanto 32 milhões ainda vivem de aluguel. É preciso considerar a parte das receitas mensais que podem ser gastas com imóveis, tanto para o pagamento do aluguel quanto para o valor das parcelas de um financiamento.
O ideal é que essa despesa não ultrapasse 30% da renda mensal, para que o seu pagamento não comprometa o orçamento familiar e pessoal e acabe atrapalhando o equilíbrio financeiro. Esse teto deve ainda considerar o valor do pacote, que corresponde a eventuais custos de taxas condominiais, IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), portaria e outros itens.
Estabilidade
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Tendo estabelecido o valor mensal máximo que pode arcar, a pessoa que está à procura de imóvel precisa partir para decisões mais complexas para se decidir entre a compra ou a locação.
A primeira questão se refere à estabilidade à localização do imóvel – o consumidor precisa ter a certeza de que irá ficar na mesma cidade por um certo período de tempo. Para quem pretende ficar por menos de cinco anos em um mesmo local, o aluguel pode ser a opção mais indicada, já que o valor investido não será o suficiente para compensar os custos com a burocracia da compra a perda da liquidez financeira em caso de aplicação de dinheiro como entrada.
Já os consumidores que pretendem passar mais de cinco anos em um mesmo local podem pensar em investir na compra. Depender do aluguel pode ser algo interessante a curto prazo, mas em grande escala é somente um valor gasto como despesa essencial e não como um investimento. “Pessoas que estão construindo famílias ou jovens que acabaram de entrar no mercado de trabalho podem ter um imóvel próprio com a mesma facilidade de pagamento que teriam uma locação convencional”, aponta Nicolai Besse Diretor de Novos Negócios da Promoval Incorporadora (www.promoval.com.br), empresa com sede em Vinhedo (SP) e especializada na construção de imóveis residenciais e comerciais.
É preciso considerar a compra não só como a obtenção da moradia instantânea, mas também como um investimento. “Um imóvel próprio pode tanto servir para a economia com o valor do aluguel quanto para a aplicação de capital”, aponta. Além da aplicação em si e da segurança adquirida, é preciso considerar ainda que o imóvel pode também se tornar uma fonte de renda através da locação futura – mesmo que o imóvel ainda não esteja quitado, o investidor pode usar o valor obtido na locação para custear as parcelas do financiamento e ter um investimento que basicamente paga a si mesmo.
Valorização
O mercado imobiliário atual do país encontra-se um tanto quanto estagnado, mas já começa a dar sinais de melhora. Na capital paulista, após três anos consecutivos de baixas, o ano de 2017 registrou um aumento de 41,6% de vendas de imóveis em relação a 2016, de acordo com dados divulgados pelo Sindicato da Habitação do Estado de São Paulo (SECOVI). O percentual indica futuros crescimentos e possíveis valorizações nos preços dos imóveis, o que significa ainda possibilidade de lucratividade para os investidores.
“Quando as possibilidades de valorização do imóvel superam as taxas de financiamento oferecidas pela empresa escolhida, o comprador encontra-se em uma situação ainda mais vantajosa, já que terá um lucro real significativo”, explica. Além disso, vale a pena ainda o consumidor considerar o lucro que um determinado montante renderia quando aplicado em investimentos estáveis, como poupanças, tesouro direto e fundos, e compará-lo ao lucro correspondente à valorização do imóvel adquirido.