A recente onda de calor que vem assolando São Paulo desencadeou um alerta das autoridades de saúde sobre os riscos associados ao estresse térmico e os efeitos adversos à saúde. Silvana Vertematti, pediatra e médica do Esporte do Iamspe, explicou que o estresse térmico ocorre quando o corpo não consegue manter sua temperatura ideal, em torno de 36,5ºC, devido a mudanças bruscas de temperatura.
Este fenômeno pode resultar em sintomas como mal-estar, fadiga, dor de cabeça, irritabilidade e indisposição. Grupos como crianças e idosos, mais propensos à vasodilatação e com menor percepção de sede, estão especialmente em risco, assim como pessoas com problemas cardíacos.
Para mitigar os riscos, a médica recomenda medidas essenciais de cuidado:
- Hidratação: Consumir líquidos regularmente para compensar a perda de sais e eletrólitos devido ao suor excessivo.
- Evitar exposição ao sol: Especialmente durante as horas de altas temperaturas, para prevenir a diminuição da pressão arterial.
- Exercício físico: Evitar a prática de atividades físicas em momentos de calor extremo.
- Alimentação: Optar por refeições leves, ricas em vegetais e frutas, e evitar bebidas alcoólicas.
- Vestuário adequado: Utilizar roupas leves, de cores claras e tecidos que permitam a transpiração.
Além disso, fatores como umidade do ar e velocidade do vento devem ser considerados. A umidade alta intensifica a sensação de calor, enquanto a baixa umidade aumenta problemas respiratórios devido à concentração de poluentes no ar.
Silvana ressalta que, em dias de calor intenso, é crucial ponderar sobre locais de refúgio, como ficar em casa ou buscar locais arejados. A decisão deve levar em conta a exposição ao sol, hidratação e escolhas alimentares. Com a informação correta, as pessoas podem tomar decisões mais saudáveis para enfrentar as altas temperaturas.
