A Secretaria de Saúde de Limeira promoveu nesta quarta-feira (20), na sede da Secretaria de Educação, uma capacitação para os agentes comunitários de saúde que irão reforçar o controle e prevenção do Aedes aegypti – mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya. A partir da próxima segunda-feira (25), 150 agentes, de um total de 194, trabalharão prioritariamente no combate do mosquito dentro dos imóveis – atividade conhecida como “casa a casa”.
A medida atende determinação do prefeito Mario Botion, que instituiu no município o “Estado de Alerta” e o “Gabinete de Prevenção e Emergência no combate ao Aedes aegypti”. A decisão foi tomada em razão do atual cenário da dengue no estado de São Paulo, com circulação do vírus da dengue do tipo 2, e do alto índice de infestação de larvas do mosquito no município.
Participaram do encontro, o diretor de Vigilância em Saúde, Alexandre Ferrari, a Diretora de Atenção Primária à Saúde, Camila Rezende Moreno, a chefe da Divisão de Controle de Zoonoses, Pedrina Aparecida Rodrigues Costa, entre outros integrantes da pasta. Camila destacou que a prefeitura está trabalhando na melhoria da saúde pública e que a iniciativa de direcionar o trabalho dos agentes comunitários de saúde para a prevenção da dengue insere-se nesse contexto. “Será um trabalho árduo de controle e conscientização da população, sobretudo nesse momento, marcado por longos períodos de chuva e calor intenso. Os agentes de saúde terão um papel muito importante na batalha contra o mosquito”, frisou.
Paralelamente ao trabalho de prevenção, Camila observou que os agentes de saúde também irão atuar na busca de casos suspeitos. Ela esclareceu que a identificação dos suspeitos é fundamental para que o município possa desencadear ações de bloqueio, e assim, impedir a transmissão da doença. Neste ano, já foram confirmados 18 casos de dengue na cidade e 64 estão aguardando resultado de exames.
Todo o trabalho nas ruas será acompanhado de perto pela chefe da Divisão de Controle de Zoonoses. Pedrina ressaltou que as visitas aos imóveis irão ocorrer dentro da área de abrangência de cada Unidade Básica de Saúde (UBS). Durante as visitas, os agentes irão orientar os moradores sobre a eliminação de criadouros e coletar eventuais larvas do mosquito para posterior análise. Todas as informações levantadas serão encaminhadas à Zoonoses para tomada de novas decisões ou ações de controle.
O diretor de Vigilância em Saúde comunicou aos agentes que a medida estará em vigor por três meses, podendo ser prorrogada em caso de necessidade. O trabalho de campo ocorrerá das 8h às 17h, incluindo intervalo de almoço. “Nesse momento, precisamos concentrar esforços para o controle dos vetores”, observou Ferrari.
Uma das agentes de saúde, Jenifer Caterine da Silva, que atua na UBS Novo Horizonte, afirmou que a iniciativa é válida frente a atual situação de risco. Ela relembrou a epidemia de 2015, quando o município registrou 20.597 casos de dengue. “Os criadouros estão dentro das casas das pessoas. Quanto mais prevenção, menos risco de a população adquirir a doença”, disse.