No dia 21 de setembro é comemorado o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência. A data foi instituída em 14 de julho de 2005, pela Lei Nº 11.133 mas já era lembrada desde 1982 por iniciativa de movimentos sociais. Uma pessoa com deficiência é aquela que tem impedimentos de longo prazo sejam eles de natureza física, intelectual ou sensorial. De acordo com a lei Brasileira de Inclusão, esses impedimentos em interação com barreiras arquitetônicas e atitudinais, podem obstruir a participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com os demais cidadãos.
O dia 21 de setembro, foi escolhido em função da sua proximidade com o início da Primavera e o Dia da Árvore, datas que representam o renascer das plantas e simbolizam o sentimento de renovação das reivindicações em prol da inclusão e da participação plena de todos na sociedade. “Acredito que a luta pelas causas das pessoas com deficiência é um trabalho diário e datas como essa, são marcos para nossa reflexão e nos convidam a buscar novas soluções inclusivas efetivas” explica a mestre em psicologia e diretora do CENSA (Centro Especializado Nossa Senhora da Assumpção), Natália Costa
De acordo com dados do Censo de 2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Brasil mais 45 milhões de pessoas possuem alguma deficiência. “É inegável o avanço que a legislação sofreu nos últimos anos, mas apesar das conquistas recentes, a desigualdade, o preconceito e a falta de acesso a serviços ainda são barreiras para ultrapassar”, opina.
É sempre bom ressaltar que deficiência não é doença e sim uma condição inerente ao indivíduo. O mais adequado ao tratarmos do assunto é utilizar sempre um substantivo, seguido da preposição “com” mais o adjetivo referente àquela situação específica, um exemplo: pessoa com deficiência física.
O Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência é um convite para que cada indivíduo possa refletir: o que eu posso fazer para garantir que os direitos das pessoas com deficiência sejam respeitados? O tema está sendo trabalhado nas salas de aula do EJA, Educação de Jovens e Adultos do Centro Especializado Nossa Senhora da Assumpção. Para Gustavo, 48 anos, diagnosticado na infância com deficiência intelectual, o: “Nós só queremos ser respeitados e mostrar a nossa capacidade para as pessoas, eu sou artista, faço parte de um grupo de teatro e isso me faz muito feliz”