O jornalista, sociólogo e advogado Salomão Schvartzman morreu na manhã deste sábado, 6, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Ele tinha 83 anos. O hospital não informou a causa da morte.
Natural de Niterói (RJ), Schvartzman começou sua carreira no jornal O Globo, de Roberto Marinho. Mudou-se para São Paulo aos 25 anos, onde chegou a chefiar a sucursal paulista da revista Manchete. Foi também apresentador do programa Frente a Frente, da TV Manchete, durante onze anos.
Cobriu, em 1961, pela rádio Globo, o julgamento do nazista Adolph Eichmann e ganhou, em 1977, Menção Honrosa do Prêmio Esso de Jornalismo pela reportagem Doca Doca: Por que mataria a mulher que amava? Publicado na revista Manchete, o texto abordou o caso da socialite Ângela Diniz, assassinada no ano anterior.
Bacharel em Ciências Políticas e Sociais, formado pela Escola de Sociologia e Política de São Paulo em 1983, Schvartzman também acumulou passagens pela rádio BandNews FM e pelo canal BandNews TV, onde ia ao ar com crônicas sobre variados temas, como política, economia, música e comportamento. Concluía seus programas com o bordão “seja feliz”.
Ele produziu e apresentou o programa Diário da Manhã, primeiro na rádio Cultura FM e, depois, na rádio Scalla FM.
Quando a Band lançou o Arte1, canal de TV por assinatura dedicado exclusivamente à cultura, Schvartzman esteve no rol de apresentadores e comandou o Arte1 in Concert, que ele dizia ser um programa de música “sem casaca”, no qual o texto era transformado em uma conversa com o ouvinte.
O jornalista foi ainda conselheiro do Museu de Arte de São Paulo (Masp).
De família judaica – o seu avô e os tios maternos morreram no campo de extermínio alemão de Auschwitz, na Polônia -, era crítico do antissemitismo e abordava, em seus trabalhos, as discussões sobre Israel. Até a conclusão desta matéria, não haviam sido divulgadas informações sobre velório e enterro.