O ENEM 2019, que acontece em novembro, também poderá ser utilizado como forma de acesso a universidades de 6 países diferentes: Canadá, França, Reino Unido, Estados Unidos, Irlanda e Portugal. Só nesse último, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), 37 instituições utilizaram a pontuação da prova em seus processos seletivos no ano passado. Isso representa um aumento de 1750% em relação a 2014, quando apenas 2 universidades aderiram a iniciativa
estabelecida entre os governos brasileiro e português.
Aprovado nas 10 maiores Universidades americanas, Matheus Tomoto alerta, no entanto, que é preciso ficar atento nas especificidades dos processos seletivos de cada país. “A seleção para entrar nas faculdades brasileiras se baseia apenas em uma nota, ao contrário de vários lugares lá fora que usam um método mais holístico e justo, avaliando questões como atividades extracurriculares e o desempenho do candidato durante o Ensino Médio”, afirma.
O país com o maior número de vagas disponíveis é Portugal, que é o único que tem convênio com o INEP. É também o que conta com o acesso mais facilitado, baseado exclusivamente na nota do ENEM. O estudante que atinge 600 pontos no exame já tem chances concretas de conseguir uma vaga. Mas a nota de corte tende a aumentar de acordo com o renome da instituição e a concorrência do curso escolhido.
Cerca de 1,2 mil brasileiros foram aprovados em universidades portuguesas com a pontuação obtida na prova nacional entre 2014 e 2018, o que representa uma média de 300 pessoas por ano.