O grupo alemão BMW iniciará em junho a produção em Araquari (SC) do X5, modelo que a empresa considera o mais tecnológico da marca no País. Também será o mais caro automóvel nacional, com preços entre R$ 450 mil e R$ 500 mil, dependendo da versão. Hoje o posto também é de um BMW, o X4, vendido a R$ 422 mil.
O X5 é o quarto utilitário-esportivo (SUV) da marca a ser nacionalizado. A fábrica inaugurada em 2014 tem capacidade para 32 mil veículos ao ano, mas, em 2018, produziu 8,7 mil. No ano anterior foram 13,8 mil, dos quais 5 mil foram exportados para os EUA após acerto com a matriz, que não tinha condições de abastecer aquele mercado.
“Este é um importante passo na direção de equalizar nossas operações e a capacidade instalada de manufatura no País”, disse, em nota, o diretor geral da montadora, Mathias Hofmann.
O grupo já produz os SUVs X1, X3 e X4 e, no segundo semestre, também fará a nova geração do sedã Série 3. A fábrica emprega mil funcionários e não haverá contratações. Para produzir o X5, a empresa investiu R$ 17 milhões em novas tecnologias, além de R$ 125 milhões na flexibilização das linhas produtivas.
De janeiro a abril, a BMW vendeu no País 3,57 mil veículos, atrás da concorrente Mercedes-Benz (4,13 mil) e à frente da Audi (2,61 mil) e da Land Rover (1,9 mil).
O X5 já está à venda na versão importada. A local terá peças vindas de fora e motorização a diesel. A produção será apenas para o mercado local. Entre as tecnologias do X5, estão sistema que oferece quatro modos de condução em diferentes terrenos como areia e rocha e airbags duplos frontais, laterais e de cortina dianteiros.