Uma jovem de 25 anos morreu na noite de quarta-feira, 24, após receber aplicação de silicone nos glúteos, em Lorena, município do interior de São Paulo. A suspeita é de que o produto injetado em Dayane Rodrigues da Silva seja silicone industrial, de uso proibido para tratamento estético.
A jovem pagou R$ 1,5 mil pela operação, feita em sua própria casa. Duas pessoas suspeitas de terem feito o procedimento ilegal já foram identificadas e detidas pela Polícia Civil, que investiga possível homicídio.
De acordo com a apuração da polícia, Dayane fez contato com dois cabeleireiros de Jacareí (SP) que ofereciam o tratamento estético. Ela pagou a passagem de ônibus para que eles se deslocassem até Lorena. Durante o procedimento, a jovem começou a passar mal.
Os dois homens que aplicavam o silicone abandonaram o local. A babá dos filhos de Dayane levou a jovem ao pronto-socorro da Santa Casa de Lorena. Ela foi encaminhada à Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), mas sofreu parada cardiorrespiratória e não resistiu.
O corpo da jovem foi levado para necropsia no Instituto Médico Legal (IML) de Guaratinguetá, cidade vizinha. O laudo deve indicar a causa da morte e se a substância aplicada é silicone industrial, produto vetado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para essa finalidade.
O pai da vítima, José Jair da Silva, disse que a filha havia feito outros procedimentos estéticos anteriormente sem ter problemas.
Dayane morava no bairro Cidade Jardim, era viúva e mãe de três filhos pequenos. Os dois suspeitos de homicídio culposo (sem intenção de matar) foram ouvidos na noite desta quinta-feira, 25, na Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Jacareí. A identidade deles não foi divulgada e ainda não havia informação se eles ficariam detidos.