A Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) terá 52 novos deputados estaduais a partir da próxima legislatura. O resultado das eleições 2018 mostrou que mais da metade dos 94 parlamentares eleitos não tem mandato na Casa hoje, o que representa uma renovação de 55%.
Apenas 42 deputados conseguiram se reeleger, número bem inferior aos 62 políticos que mantiveram seus mandatos na eleição de 2014 Entre os principais nomes da política paulista que saíram derrotados nas urnas neste ano estão os tucanos Vaz de Lima, ex-presidente da Casa, e Celia Leão, a líder do PT, Beth Sahão, Aldo Demarchi (DEM), Davi Zaia (PPS) e João Caramez (PSB).
A maior renovação da Alesp nos últimos 24 anos foi puxada pelo desempenho de partidos nanicos, em especial o PSL do presidenciável Jair Bolsonaro, que elegeu 15 deputados estaduais – não tinha nenhum -, e terá a maior bancada do Legislativo paulista.
O crescimento da sigla foi provocado, principalmente, pela votação expressiva da advogada Janaína Paschoal. Ícone do processo de impeachment da presidente cassada Dilma Rousseff (PT), a jurista obteve mais de dois milhões de votos, a maior votação de um deputado estadual na história do País.
O Podemos e o Novo foram dois outros partidos que surpreenderam elegendo quatro deputados cada um. Na atual legislatura apenas o Podemos conta com uma única cadeira na Alesp.
Dos partidos mais atingidos pela renovação está o PSDB, que viu sua bancada encolher dos atuais 19 parlamentares – havia eleito 22 em 2014 – para apenas oito deputados. A expectativa dos tucanos, que comandam o Estado há 24 anos, era eleger mais do que 15.
Já o PT perderá quatro cadeiras, dos atuais 14 deputados para dez. Ainda assim continuará sendo a segundo maior bancada da Alesp, desta vez atrás do PSL de Bolsonaro e não do PSDB. O PSB, partido do atual governador, Márcio França, perdeu três vagas, de 11 para oito. Outra sigla que encolherá será o PV, que hoje tem seis deputados e elegeu apenas um.