Um homem de 42 anos é suspeito de ter matado o pai a facadas na noite de anteontem, no apartamento da família, na Vila Nova Conceição, bairro nobre da zona sul de São Paulo. O suspeito deixou o prédio momentos antes de o corpo ser achado e até às 20h30 de ontem não havia sido localizado pela polícia.
A vítima é o empresário Oswaldo Carmona, de 78 anos. Segundo a Polícia Civil, ele foi encontrado morto pela mulher caído no chão por volta das 21h30 de sábado, 4. A Polícia Militar informou que foi acionada por volta da 1h20 da madrugada de ontem e encontrou a vítima com marcas de perfuração pelo corpo e uma faca sobre o sofá. Não havia sinais de arrombamento no imóvel.
Testemunhas disseram à polícia que o filho da vítima deixou o local utilizando o carro de Carmona antes de o corpo ser encontrado pela mulher.
A viúva do empresário não estava no local e, de acordo com a polícia, foi avisada sobre a ocorrência pelo porteiro do prédio, que teria suspeitado da saída do rapaz com o carro do pai. Segundo a TV Globo, o filho teria problemas psiquiátricos e usava entorpecentes, o que não foi confirmado pela Secretaria de Segurança Pública (SSP).
Carmona era sócio de pelo menos dez empresas que atuam com comércio de produtos como madeira, vidro e ferragens na região do Brás, na região central, e na zona oeste, e com a administração de imóveis. Algumas delas em sociedade com a mulher e um filho.
O crime ocorreu em um apartamento localizado na Praça Pereira Coutinho, uma área nobre da zona sul – onde os apartamentos são avaliados em mais de R$ 5 milhões.
Nas imediações do prédio, moradores e comerciantes afirmaram à reportagem não conhecer a vítima nem saber detalhes do caso. “As pessoas não sabem o que se passava com a família”, diz o atendente Raul Gonzalez, de 25 anos, que trabalha na região há três anos.
O caso foi registrado no 14.º Distrito Policial (Pinheiros) como homicídio e será investigado pelo 15.º DP (Itaim Bibi), responsável pela área onde ocorreu o assassinato.
Estatísticas
Registros de ocorrências da SSP mostram que este foi o primeiro homicídio registrado na região do 15.º DP este ano – entre janeiro e junho. Em toda a capital, no mesmo período, já foram 344 assassinatos. O último homicídio registrado na região do Itaim Bibi ocorreu em fevereiro do ano passado.