Tradicionalmente mais baixo nesta época do ano, o nível entre os preços do etanol e os da gasolina atingiu a menor marca em três anos na capital paulista, conforme dados da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). No fim de julho, a relação entre os preços dos combustíveis alcançou 61,48%, recorde de baixa desde o sétimo mês de 2015 (61,34%). Em junho deste ano, essa equivalência fora de 64,21%.
Para especialistas, o uso do etanol deixa de ser vantajoso quando o preço do derivado da cana-de-açúcar representa mais de 70% do valor da gasolina. A vantagem é calculada considerando que o poder calorífico do etanol é de 70% do poder do combustível fóssil. Com a relação entre 70% e 70,5%, é considerada indiferente a utilização de gasolina ou etanol no tanque.
A boa safra de cana-de-açúcar é um dos fatores que tem favorecido a desaceleração nos preços, segundo a Fipe. Os preços do etanol tiveram queda de 6,24% em julho, depois de elevação de 5,25% em junho. Já os da gasolina cederam 1,72% na comparação com aumento de 4,32% antes.
Com isso, o grupo Transportes no Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a taxa de inflação em São Paulo, teve queda de 0,34% em relação à elevação de 1,01% em junho. O IPC-Fipe, por sua vez, atingiu 0,23% na comparação com 1,10% no sexto mês do ano.