Seis pessoas morreram após a passagem de um tornado de categoria EF3 por cidades do interior do Paraná, na sexta-feira (7). Ventos de até 250 km/h provocaram destruição em Rio Bonito do Iguaçu e Guarapuava, deixando centenas de feridos e milhares de moradores desabrigados. O Governo do Estado decretou luto oficial de três dias em memória às vítimas.
Quem são as vítimas do tornado
As seis mortes confirmadas ocorreram em duas cidades: uma em Guarapuava e cinco em Rio Bonito do Iguaçu, município mais atingido pelo fenômeno. As vítimas foram identificadas oficialmente pelo Governo do Paraná:
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José Neri Geremias, 53 anos — Guarapuava
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Julia Kwapis, 14 anos — Rio Bonito do Iguaçu
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Jurandir Nogueira Ferreira, 49 anos — Rio Bonito do Iguaçu
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Claudino Paulino Risse, 57 anos — Rio Bonito do Iguaçu
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Adriane Maria de Moura, 47 anos — Rio Bonito do Iguaçu
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José Gieteski, 83 anos — Rio Bonito do Iguaçu
As famílias das vítimas compartilharam imagens e relatos em homenagem aos entes queridos, reforçando o impacto humano de uma das maiores tragédias climáticas recentes no estado.
Destruição em massa em Rio Bonito do Iguaçu

Com aproximadamente 14 mil habitantes, Rio Bonito do Iguaçu teve cerca de 90% da cidade afetada, segundo a Defesa Civil. Casas foram destelhadas, estruturas colapsaram e a infraestrutura local foi comprometida. Além das mortes, mais de 750 pessoas precisaram de atendimento médico, e 1.000 moradores ficaram desalojados.
A força do tornado foi classificada como EF3, segundo o Simepar, o que equivale a ventos de até 250 km/h. As rajadas destruíram postes, interromperam o fornecimento de luz e água e causaram danos generalizados. Um hospital de campanha foi montado para atender os feridos, e as equipes de resgate mobilizaram profissionais de várias regiões do Paraná.

Estado atua em resgate e reconstrução
Até o início da noite de sábado (8), o Corpo de Bombeiros informou que não havia mais vítimas sob os escombros na área urbana. As buscas continuam em áreas rurais por meio de sobrevoos. A Defesa Civil ainda realiza o levantamento dos danos e coordena o apoio às famílias atingidas.
O subcomandante-geral do Corpo de Bombeiros do Paraná, coronel Jonas Emmanuel Benghi Pinto, descreveu o cenário encontrado pelas equipes como “de guerra”. O governo estadual e entidades de assistência social também iniciaram campanhas para arrecadação de doações e ajuda humanitária à população afetada.


