Um jovem de 28 anos não resistiu às complicações causadas pela ingestão de gin contaminado com metanol e faleceu nesta quinta-feira (23), após mais de 50 dias internado em uma UTI na Grande São Paulo. Ele havia consumido a bebida em setembro, após adquiri-la em uma adega na Zona Sul da capital, e permaneceu em estado de coma profundo desde então.
Exames identificaram altos níveis de metanol no organismo da vítima, um composto químico utilizado na indústria e proibido para uso em bebidas alcoólicas. A ingestão da substância pode levar à cegueira, falência de órgãos e morte, como ocorreu neste caso.
O paciente foi internado no dia 1º de setembro com quadro grave de intoxicação, apresentando ausência de fluxo cerebral e dependência total de suporte respiratório. Durante o período de internação, seu estado de saúde permaneceu inalterado até a confirmação do óbito nesta semana.
A polícia apreendeu garrafas do mesmo lote na adega onde a bebida foi adquirida, e o material foi encaminhado para análise pericial. A investigação está em andamento para identificar os responsáveis pela adulteração e a origem da contaminação.
O caso se soma a outros episódios semelhantes no estado. De acordo com dados preliminares, ao menos sete mortes por envenenamento com metanol já haviam sido registradas em São Paulo neste ano — o novo óbito ainda será contabilizado oficialmente.
A família da vítima confirmou a morte e lamentou a perda, reforçando a necessidade de maior controle sobre a venda de bebidas alcoólicas irregulares.




