Agora é oficial. Carlo Ancelotti foi anunciado hoje pela CBF como novo técnico da Seleção Brasileira.
O italiano, de 65 anos, vai comandar o Brasil até a Copa do Mundo de 2026 e tentará acabar com o jejum de 24 anos sem título – o último foi em 2002 com Luiz Felipe Scolari.
Ancelotti fará sua estreia nos jogos contra Equador, dia 5 de junho, fora de casa e Paraguai, no dia 10, na Neo Química Arena, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo.
O Brasil está em quarto lugar na classificação, com 21 pontos. Os equatorianos ocupam a vice-liderança, com 23, enquanto os paraguaios estão na quinta colocação com os mesmos 21 pontos do Brasil.
Nossa seleção estava sem técnico desde a demissão de Dorival Júnior após a goleada para a Argentina, em Buenos Aires.
Ancelotti vai se reunir com Rodrigo Caetano, coordenador geral das seleções e com Juan, coordenador técnico, para definir a lista de convocados, que será divulgada no próximo dia 26.
Carlo Ancelotti era desejo antigo da CBF, que queria contar com o técnico desde a saída de Tite após a Copa do Mundo de 2022. Em julho de 2023, a entidade anunciou Fernando Diniz como interino até que Ancelotti chegasse ao fim do contrato com o Real Madrid, que seria no meio de 2024.
Mas, em razão da instabilidade política da CBF, as negociações não avançaram e o técnico renovou contrato com o Real até 2026.
Ancelotti deixa o Real Madrid antes da disputa do Mundial de Clubes. Nesta temporada, o treinador não conseguiu nenhum título pelo clube merengue e se despediu com derrota para o rival Barcelona por 4 a 3, pelo Campeonato Espanhol. Com sete pontos de desvantagem para o Barça, o Real ainda enfrenta Mallorca, Sevilla e Real Sociedad antes do fim de LaLiga.

No comando do Real desde 2021 nesta segunda passagem, Ancelotti conquistou duas Champions League, duas LaLiga, duas Supercopa da Uefa, duas Supercopa da Espanha, um Mundial de Clubes, um Intercontinental e uma Copa do Rei.
Maior vencedor da Champions League, com cinco títulos, e único treinador a conquistar as cinco principais ligas europeias, Ancelotti acumula passagens por Reggiana (1995), Parma (1996), Juventus (1999), Milan (2001 a 2009 – ganhou duas Champions League), Napoli, Real Madrid, Chelsea, Everton, PSG e Bayern de Munique.
Como jogador, foi volante, tendo passagens por Parma, Roma e Milan. Aposentou-se em 1992 e imediatamente assumiu o cargo de auxiliar-técnico da seleção da Itália. Fez parte da equipe que levou o país ao vice-campeonato da Copa do Mundo de 1994, nos Estados Unidos, em derrota nos pênaltis para o Brasil na final.
Ancelotti quebra uma escrita de quase 60 anos sem um estrangeiro na equipe nacional. O último foi Filpo Núñez, argentino que comandou o Brasil em um amistoso contra o Uruguai, no Mineirão, quando a seleção foi representada por atletas do Palmeiras. Antes dele, o uruguaio Ramón Platero (1925) e o português Joreca (1944).




